25 de jun 2025

Brasileira relata dias difíceis na prisão nos EUA por órgão de imigração
Caroline Dias Gonçalves denuncia condições precárias e discriminação durante detenção pelo ICE, enquanto sua defesa luta contra a deportação.

Caroline Dias Gonçalves (terceira da esquerda para a direita) posa com amigas nos EUA (Foto: Arquivo pessoal)
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Caroline Dias Gonçalves, uma brasileira de 19 anos, foi detida pelo Serviço de Imigração e Alfândega dos Estados Unidos (ICE) em 5 de junho, após sua família solicitar asilo há três anos. A jovem vive nos EUA desde os 7 anos e foi libertada sob fiança após mais de duas semanas em um centro de detenção em Aurora, Colorado.
Em sua primeira declaração pública, Caroline relatou que os últimos dias foram extremamente difíceis. "Eu estava com medo e me sentia sozinha," afirmou. Durante a detenção, ela criticou as condições do local, mencionando a qualidade da comida e alegando discriminação. "Na detenção, nos davam comida encharcada — até o pão vinha molhado," disse a estudante, que estuda enfermagem na Universidade de Utah.
A defesa de Caroline busca evitar sua deportação, enquanto o ICE nega as alegações de tratamento desigual. A secretária adjunta de Assuntos Públicos do Departamento de Segurança Interna, Tricia McLaughlin, afirmou que "qualquer alegação de que indivíduos são tratados de forma diferente por causa do idioma que falam é categoricamente falsa." Ela também destacou que Caroline foi presa por estar em situação irregular, já que seu visto expirou há mais de uma década.
A detenção de Caroline ocorreu após uma abordagem policial enquanto dirigia de Utah ao Colorado. Um policial a parou inicialmente, mas foi um agente do ICE que a deteve. O advogado de Caroline, Jonathan M. Hyman, criticou a atuação do policial, afirmando que as perguntas feitas a ela não eram relevantes para a abordagem de trânsito.
Após sua libertação, Caroline expressou gratidão a amigos e familiares que mobilizaram apoio para sua defesa. "Espero que mais ninguém tenha que passar pelo que eu passei," disse, referindo-se a outros imigrantes em situação semelhante. Atualmente, mais de 1.300 pessoas permanecem detidas na mesma unidade, segundo a jovem.
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