São Paulo enfrenta onda de vandalismo com 125 ataques a ônibus em 9 dias

A cidade de São Paulo e municípios vizinhos enfrentam uma onda de ataques a ônibus, com mais de 125 casos registrados em junho, principalmente envolvendo pedradas nos veículos. A gestão estadual intensificou as investigações, e motoristas relatam que os ataques podem ser organizados, possivelmente relacionados a desafios em redes sociais.

Os dados da gestão Ricardo Nunes (MDB) indicam que, em apenas nove dias, foram 125 ocorrências de vandalismo, com a região central sendo a mais afetada, contabilizando 36 depredações. Motoristas e cobradores expressam preocupação, temendo pela segurança dos passageiros. A situação levou a gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos) a mobilizar o Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) para centralizar as apurações.

Relatos de motoristas apontam que os ataques não são isolados e podem ser parte de um movimento organizado. Alguns profissionais mencionam que as ações podem ser resultado de desafios em redes sociais, embora essa hipótese não tenha confirmação oficial. Um motorista, que preferiu não se identificar, afirmou que o tema dos ataques domina as conversas entre a categoria.

Impacto nos Passageiros e Profissionais

Os ataques têm gerado ansiedade entre os passageiros. A corretora Francisca Félix, de 38 anos, relatou que o medo de ser atingida durante a viagem é constante. "É preciso providência. Medo de ser atingida no ônibus", disse. O presidente em exercício do sindicato dos motoristas, Valdemir dos Santos Soares, enviou um ofício ao secretário da Segurança Pública, solicitando uma reunião para discutir a situação.

Além da capital, o ABC paulista também registra ataques. Em Santo André, quatro ônibus foram apedrejados, e em Diadema, um homem foi preso após atacar seis veículos. A gestão estadual intensificou o policiamento nas áreas afetadas, enquanto a SPTrans repudiou os atos de vandalismo, ressaltando os prejuízos às empresas concessionárias e a necessidade de substituição dos veículos danificados.

As investigações continuam, com a expectativa de identificar os responsáveis pelos ataques e garantir a segurança dos usuários do transporte público.