28 de jun 2025

CV e TCP disputam território na zona norte do Rio com nova denúncia sobre violência
Conflitos entre Comando Vermelho e Terceiro Comando Puro intensificam a violência no Morro do Juramento, com moradores em risco constante.

Fotos tiradas por traficantes do CV no Morro do Juramento e obtidas pela polícia em investigação (Foto: Inquérito da Polícia Civil)
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Nos últimos dias, o Morro do Juramento, na zona norte do Rio de Janeiro, tem sido palco de intensos tiroteios entre as facções Comando Vermelho (CV) e Terceiro Comando Puro (TCP). Os confrontos, que duraram cerca de oito horas na última quinta-feira, resultaram em um morador ferido. O homem foi atingido na perna enquanto voltava do trabalho e precisou ser socorrido pela Polícia Militar (PM).
A escalada da violência ocorre após o Ministério Público (MP) denunciar líderes do CV na região. Um inquérito da Polícia Civil revela que os conflitos entre as facções têm gerado homicídios e desaparecimentos. Entre quinta e sexta-feira, dois homens foram encontrados mortos nas proximidades do morro, evidenciando a brutalidade da disputa territorial.
Ação Policial
Em resposta à situação, a PM do 41º batalhão reforçou o policiamento na área, utilizando viaturas e veículos blindados. A corporação busca identificar os responsáveis pelos tiroteios. Os traficantes do Morro do Juramento estão ligados ao CV, enquanto os do Morro da Serrinha pertencem ao TCP. A investigação aponta que o traficante Diego Lopes Lacerda, conhecido como Mucefim, lidera o CV no local e é responsável por ações ofensivas contra rivais.
A hierarquia do CV é complexa, com Edgar Alves de Andrade, conhecido como Doca, sendo considerado o principal líder da facção. Doca possui 269 anotações criminais e 26 mandados de prisão em aberto, sendo apontado como o responsável por diversas guerras expansionistas do CV na região.
Estratégias de Intimidação
A crueldade das execuções tem sido uma estratégia de intimidação. Recentemente, uma mulher foi usada como isca em uma emboscada contra rivais do TCP, resultando na tortura e execução de dois homens. As mortes foram documentadas e divulgadas entre os membros do CV, reforçando a brutalidade do conflito. A Polícia Civil, com autorização judicial, conseguiu acessar conversas e imagens que mostram o cotidiano dos criminosos, incluindo detalhes sobre as execuções.
A situação no Morro do Juramento reflete a crescente tensão entre as facções e a luta pelo controle territorial, que continua a impactar a vida dos moradores da região.
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