01 de jul 2025

Jurubeba fecha as portas em Botafogo após alvará ser cassado pela prefeitura
Prefeitura fecha Jurubeba após reclamações de vizinhos sobre barulho e ocupação irregular, surpreendendo sócios e gerando polêmica.

O Chef Elia Schramm no Jurubeba, em Botafogo: comida de qualidade aliada à cultura dos botecos cariocas (Foto: Guito Moreto / 10.01.2025)
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Inaugurado em 6 de janeiro, o bar e restaurante Jurubeba, idealizado pelo chef Elia Schramm, teve seu alvará de funcionamento cassado pela prefeitura. A decisão, publicada no Diário Oficial do Município, ocorreu após reclamações de vizinhos sobre perturbação do sossego e ocupação irregular de área pública.
Localizado na Rua Real Grandeza, em Botafogo, o Jurubeba foi surpreendido com a notificação na última segunda-feira. Os sócios encontraram as portas fechadas e dois papéis colados na parede: um edital de notificação e a cópia do despacho do secretário municipal de Ordem Pública, Breno Carnevale. Daniel Pereira, um dos sócios, expressou sua decepção, afirmando que a decisão foi um choque, especialmente após diálogos com a prefeitura.
A Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop) informou que o bar recebeu sete multas entre março e abril deste ano, todas relacionadas à ocupação não autorizada da calçada. Os sócios contestam, afirmando que apenas três autuações foram registradas e que pagaram a Taxa de Uso de Área Pública, que foi indeferida pela prefeitura. Eles alegam ter reduzido a ocupação da calçada, concentrando mesas e cadeiras em frente ao antigo Bar do Costa, onde teriam autorização.
Reação dos Sócios
Os sócios consideram a cassação do alvará uma medida exagerada. Renato Pereira destacou que, em seis meses, a prefeitura revogou um alvará que havia concedido, o que considera inédito. Ele mencionou que o Jurubeba não promove música ao vivo ou eventos de rua, focando em uma proposta gastronômica. Pereira também ressaltou a tentativa de diálogo com os vizinhos, incluindo a proposta de instalação de janelas antirruído nos apartamentos acima do bar.
A Seop, por sua vez, afirmou que a reincidência nas infrações contribuiu para a decisão. Os sócios do Jurubeba se sentem perseguidos, citando a fiscalização constante e a presença de carros da prefeitura. Eles questionam a lógica de punir um estabelecimento que busca oferecer lazer e emprego em uma cidade marcada pela criminalidade.
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