Ataque hacker compromete sistema financeiro e gera alerta para instituições e usuários

Um ataque hacker à C&M Software, responsável por conectar instituições financeiras ao Banco Central, resultou em um desvio de pelo menos R$ 800 milhões. O incidente ocorreu na noite de terça-feira, 1º de julho, e afetou pelo menos seis instituições, incluindo a BMP e a Credsystem. O Banco Central, junto com a Polícia Federal e a Polícia Civil de São Paulo, investiga o caso.

Os criminosos utilizaram credenciais de clientes para acessar os sistemas da C&M, permitindo que realizassem transações fraudulentas. A empresa afirmou que não houve uma invasão direta, mas sim uma ação externa que explorou vulnerabilidades. Após a detecção do ataque, o Banco Central suspendeu o acesso das instituições afetadas ao sistema, impactando serviços como o Pix.

Retomada das Operações

A C&M Software recebeu autorização do Banco Central para retomar as operações do Pix em regime controlado a partir de quinta-feira, 3. A empresa está colaborando com as investigações e implementou medidas de segurança adicionais, incluindo auditorias independentes. O acesso ao sistema será monitorado rigorosamente para evitar novos incidentes.

As contas reservas das instituições afetadas foram o alvo principal do ataque. A BMP confirmou que seus recursos não impactaram diretamente os clientes, pois as contas reservas são utilizadas para transações entre bancos. O desvio total pode chegar a R$ 1 bilhão, segundo estimativas do mercado.

Investigação em Andamento

As investigações estão em andamento, com a Polícia Civil de São Paulo e a Polícia Federal buscando identificar todos os responsáveis pelo ataque. O caso levanta preocupações sobre a segurança cibernética no setor financeiro, especialmente em um momento de crescente digitalização. A C&M Software, que detém 23% do mercado de integração ao Pix, reafirma seu compromisso em reforçar a segurança de seus sistemas.