Mafioso italiano desaparece misteriosamente em território brasileiro

Em fevereiro de 1983, a Polícia Federal e a Criminalpol italiana tentaram capturar Antonio Bardellino, um dos mafiosos mais procurados da Camorra, em um apartamento na Avenida Niemeyer, no Rio de Janeiro. No entanto, ele havia fugido momentos antes, deixando os agentes frustrados. Bardellino, nascido em 1945, foi um dos líderes da Camorra, envolvido no tráfico internacional de cocaína. Após ser monitorado por anos, ele foi finalmente localizado no Brasil, onde se estabeleceu entre a República Dominicana e o Rio.

As investigações sobre Bardellino tomaram um rumo inesperado com a recente reabertura do caso pela Procuradoria Antimáfia de Nápoles. Novas evidências levantam a possibilidade de que o mafioso esteja vivo e ativo no tráfico de drogas. Relatórios da Polícia Federal indicam que, mesmo após sua suposta morte em 1988, Bardellino continuava listado como foragido no Brasil. Informações de inteligência sugerem que ele pode ter simulado sua morte e retornado ao Brasil, onde estaria operando no tráfico.

O Mistério da Morte

A versão oficial afirma que Bardellino foi assassinado em 1988, mas seu corpo nunca foi encontrado. Testemunhas indiretas afirmam que ele foi morto por Mario Iovine, um ex-companheiro de máfia, em Búzios. O caso permanece envolto em mistério, com a Procuradoria Antimáfia investigando novas pistas, incluindo um telefonema de 2014 que sugere que Bardellino ainda estaria vivo.

Os desdobramentos mais recentes incluem buscas em propriedades de familiares de Bardellino na Itália. A Procuradoria está atenta a declarações de pessoas próximas ao mafioso, que afirmam que ele continua ativo no crime organizado. A história de Bardellino, marcada por fugas e mistérios, continua a intrigar as autoridades e a mídia, enquanto o tráfico de drogas no Brasil e na Europa permanece um desafio constante.