08 de jul 2025
São Paulo registra 59 ônibus depredados em dia mais violento da onda de ataques
São Paulo registra 328 ônibus depredados desde junho. Polícia Militar intensifica operações e detém quatro suspeitos de vandalismo.

Veículo que transporta passageiros da frota municipal foi atingido na parte traseira (Foto: Reprodução)
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A cidade de São Paulo enfrenta uma grave onda de vandalismo, com 59 ônibus depredados em um único dia, entre a manhã de segunda-feira (7) e a madrugada de terça (8). Desde o início dos ataques, em 12 de junho, já são 328 veículos danificados, segundo a Secretaria Municipal de Mobilidade e Urbana Transporte e a SPTrans.
As ações de vandalismo não se restringem apenas à capital, mas também ocorrem em municípios do ABC Paulista e da Baixada Santista. A Secretaria Municipal informou que os ataques têm ocorrido em diversas regiões da cidade, com 60% dos incidentes concentrados na zona sul, especialmente nas avenidas Cupecê, Washington Luís e Vereador João de Luca.
Operação de Proteção
Em resposta ao aumento da violência, a Polícia Militar lançou uma operação de proteção aos ônibus, que se estenderá até o dia 31 de outubro. A ação conta com 3.641 viaturas e 7.890 policiais mobilizados em áreas com maior incidência de vandalismo. Até o momento, quatro pessoas foram detidas, incluindo um adolescente em Cotia e dois homens em Pirituba e Santo Amaro, após danificarem coletivos.
Um dos detidos é suspeito de ter ferido uma passageira ao atirar uma pedra em um ônibus na avenida Washington Luís, resultando em fraturas faciais na vítima. A Polícia Civil investiga se os ataques estão relacionados a desafios promovidos nas redes sociais, mas até agora não encontrou evidências concretas.
Reação das Autoridades
A Secretaria Municipal de Mobilidade e Urbana Transporte e a SPTrans expressaram seu repúdio aos atos de vandalismo e afirmaram que estão colaborando com as investigações. O Delegado Ronaldo Sayeg, do Deic, descartou a participação do crime organizado nos ataques, que parecem ser coordenados e ocorrem principalmente após as 22h. A situação continua a ser monitorada pelas autoridades, que buscam formas de conter essa onda de violência no transporte público.
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