Ministros expressam tristeza pela morte de Sebastião Salgado, ícone da fotografia

Sebastião Salgado, um dos mais renomados fotógrafos do mundo, faleceu aos 81 anos. O anúncio foi feito pelo Instituto Terra, ONG que ele fundou. Salgado era conhecido por suas poderosas imagens em preto e branco que retratavam a condição humana e questões ambientais.

A morte do fotógrafo gerou reações de lamento entre políticos, incluindo ministros do governo Lula. A ministra da Cultura, Margareth Menezes, expressou sua tristeza, enquanto o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou que "perdeu um amigo". Para Haddad, o Brasil perdeu um dos maiores expoentes da fotografia mundial.

Reconhecimento e Legado

Lula, durante um encontro com o presidente angolano, João Lourenço, pediu um minuto de silêncio em homenagem a Salgado. O presidente destacou a importância do fotógrafo, reconhecendo seu trabalho como um clamor pela solidariedade e um retrato das desigualdades sociais. A nota oficial do Palácio do Planalto ressaltou o inconformismo de Salgado com a realidade dos oprimidos.

Em 2022, Salgado apoiou a campanha de Lula, criticando o governo anterior. Ele frequentemente se encontrava com o presidente, mesmo após sua mudança para Paris. Em 2020, Lula visitou Salgado e sua esposa, Lélia Wanick, em um momento que simbolizava a amizade entre eles.

Exposições e Impacto

No momento de seu falecimento, Salgado tinha uma exposição em cartaz na França, com mais de 400 obras. Essa mostra, que segue até 1º de junho, foi descrita por ele como um "passeio" por sua própria vida. Seu trabalho continua a inspirar ações em prol da justiça social e ambiental, impactando o público sobre as realidades contemporâneas.

Salgado deixa um legado que transcende a fotografia, sendo um símbolo de luta e esperança. Sua obra permanece como um testemunho da capacidade da arte de provocar reflexões profundas sobre a condição humana.