- O Brasil desperdiça diariamente o equivalente a seis mil trezentos e quarenta e seis piscinas olímpicas de água tratada antes de chegar às torneiras, segundo o Estudo de Perdas de Água dois mil e vinte cinco do Instituto Trata Brasil em parceria com a GO Associados, com dados do SINISA de dois mil e vinte e três.
- As perdas somam cinco bilhões e oitocentos milhões de metros cúbicos por ano, o que equivale a quarenta vírgula trinta e um por cento da água produzida; cerca de trinta e quatro milhões de pessoas ainda não têm acesso à água tratada.
- Regiões Norte e Nordeste concentram os piores índices, com cinquenta por cento ou mais de desperdício; estados como Alagoas, Roraima e Acre perdem mais de sessenta por cento da água distribuída, enquanto Goiás, Distrito Federal e São Paulo apresentam melhores indicadores.
- As perdas envolvem vazamentos, erros de medição e consumos não autorizados; perdas físicas, principalmente vazamentos, superam três bilhões de metros cúbicos por ano, volume capaz de abastecer cerca de dezessete milhões de pessoas por quase dois anos.
- Se o índice de perdas caísse para vinte e cinco por cento, o Brasil economizaria até um vírgula nove bilhão de metros cúbicos por ano e até R$ dezessete bilhões até mil e trinta e três, contribuindo para a resiliência de municípios diante das mudanças climáticas e para reduzir custos do sistema.
O Brasil desperdiça diariamente água tratada suficiente para encher 6.346 piscinas olímpicas, conforme o Estudo de Perdas de Água 2025 do Instituto Trata Brasil (ITB) em parceria com a GO Associados. O levantamento utiliza dados do SINISA (2023) e aponta perdas anuais de 5,8 bilhões de metros cúbicos, volume capaz de abastecer cerca de 50 milhões de pessoas. A possibilidade de reduzir essas perdas para 25% é citada pela Portaria 490/2021 como meta regulatória.
As perdas correspondem a 40,31% da água produzida, acima da meta vigente. Deste total, as perdas físicas, sobretudo vazamentos, superam 3 bilhões de m³ por ano. Esse patamar poderia assegurar água para 17,2 milhões de pessoas em comunidades vulneráveis por quase dois anos.
Dados regionais e impactos
As regiões Norte (49,78%) e Nordeste (46,25%) concentram os índices mais elevados de desperdício. Estados como Alagoas (69,86%), Roraima (62,51%) e Acre (62,25%) apresentam perdas superiores à metade da água distribuída. Em contrapartida, Goiás (25,68%), Distrito Federal (31,46%) e São Paulo (32,66%) registram melhores indicadores.
O estudo ressalta custos adicionais para o sistema, como maior gasto com químicos, energia e manutenção. Também há pressão ambiental pela captação de água em mananciais já afetados pelas mudanças climáticas. Cerca de 34 milhões de brasileiros ainda não têm acesso à água tratada.
Perspectivas e ganhos potenciais
Caso o país reduza perdas para 25%, estimativas indicam economia de 1,9 bilhão de m³/ano, volume equivalente ao consumo de 31 milhões de pessoas. O ganho econômico até 2033 seria de cerca de R$ 17 bilhões, fortalecendo a resiliência municipal em meio ao cenário de mudanças climáticas.