- Novo Nordisk informou que a semaglutida, em comprimidos orais (Rybelsus), não mostrou eficácia contra Alzheimer em dois ensaios de fase três com mais de 3,8 mil adultos entre 55 e 85 anos.
- Os estudos compararam semaglutida oral com placebo e não houve diferença na velocidade de aparecimento nem na progressão dos sintomas.
- O encerramento dos trabalhos sobre o uso da semaglutida no tratamento da demência foi anunciado, com apresentação de dados detalhados prevista para dezembro, em conferência nos Estados Unidos.
- As ações da Novo Nordisk chegaram a cair até 12% na bolsa de Copenhague após o anúncio.
- Anteriormente, pesquisas em animais e com grupos menores indicaram possível benefício cognitivo, mas os resultados não se confirmaram em ensaios clínicos robustos.
A Novo Nordisk informou que dois ensaios de fase 3, envolvendo mais de 3,8 mil adultos com 55 a 85 anos em estágios iniciais de Alzheimer, não mostraram benefício da semaglutida oral (Rybelsus) sobre o placebo na velocidade de surgimento e na progressão dos sintomas. Os estudos foram randômicos e compararam a droga com a substância inativa.
Conduzidos para avaliar potencial cognitivo da semaglutida, os trabalhos não demonstraram diferença entre os grupos, o que leva a empresa a encerrar as pesquisas sobre uso da molécula no tratamento da demência. Dados detalhados devem ser apresentados em uma conferência sobre Alzheimer nos EUA em dezembro.
A droga, conhecida como Ozempic/Wegovy no tratamento de obesidade e diabetes, já era apontada como promessa de benefício cognitivo com base em pesquisas pré-clínicas. Mesmo assim, os grandes ensaios não confirmaram efeitos relevantes na população estudada.
Reação do mercado e próximos passos
As ações da Novo Nordisk caíram até 12% na bolsa de Copenhague após o anúncio. A empresa afirmou que continuará explorando outras aplicações da semaglutida, mas encerrou as pesquisas especificamente para a demência. Dados completos serão apresentados em dezembro.