- A Anvisa aprovou, em vinte e seis de novembro, a vacina da dengue do Instituto Butantan, primeira imunizante de dose única no mundo.
- Um milhão de doses já estão prontas para distribuição, com expectativa de superar trinta milhões até meados de 2026.
- O governo brasileiro planeja iniciar a campanha de vacinação no início de 2026 para pessoas entre 12 e 59 anos.
- A vacina mostrou eficácia geral de setenta e quatro vírgula sete por cento, com sessenta e um por cento de eficácia contra dengue grave e cem por cento contra hospitalizações por dengue.
- O Butantan destaca potencial benefício para outros países, em meio à expansão da dengue em regiões tropicais.
A vacina contra a dengue do Instituto Butantan recebeu aprovação da Anvisa na quarta-feira, 26 de novembro. O imunizante de dose única poderá ser utilizado no Brasil, para pessoas de 12 a 59 anos, com início de campanha previsto para o começo de 2026. Hoje já há um lote inicial de 1 milhão de doses prontos para distribuição, com expectativa de superar 30 milhões até meados de 2026.
Segundo o Butantan, a aprovação foi baseada em cinco anos de acompanhamento de voluntários no ensaio de fase 3. O imunizante demonstrou eficácia geral de 74,7% entre 12 e 59 anos, com proteção de 91,6% contra dengue grave e de 100% contra internações por dengue.
Além disso, o Butantan informou que a dengue permanece como doença endêmica no Brasil e enfatizou que a vacina pode beneficiar também populações de outros países, dada a expansão da doença em regiões tropicais.
Situação e impactos
O governo federal planeja incorporar a vacina ao Programa Nacional de Imunizações o mais rápido possível, visando iniciar a campanha no começo de 2026. A estratégia prioriza pessoas de 12 a 59 anos, abrangendo grande parte da população em faixa etária vulnerável.
Dados do Ministério da Saúde indicam que, em 2024, o Brasil registrou 6,5 milhões de casos prováveis de dengue, número quatro vezes maior que em 2023. Até novembro de 2025, foram notificados 1,6 milhão de casos prováveis. esses números ressaltam a relevância de novas estratégias de prevenção.