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Laboratório portátil combate tráfico ilegal de barbatanas, diz Diego Cardeñosa

Ferramenta portátil de DNA identifica rapidamente espécies de tubarão em campo, expandindo para Brasil, EUA e outros, fortalecendo fiscalização e proteção pela CITES

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Por Revisado por: Time de Jornalismo Portal Tela
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  • Ferramenta portátil de identificação de DNA em campo para fiscalização do comércio de barbatanas de tubarão permite detectar rapidamente se a barbatana é de espécie protegida, com resultados em aproximadamente uma hora e meia.
  • Originalmente desenvolvida em Hong Kong em dois mil e dezoito, a técnica já testou pouco mais de oitenta espécies e hoje identifica todas as elasmobrânquias em uma única reação, ampliando para mais de cento e quarenta espécies listadas pela CITES.
  • Expansão ocorre para Brasil, Peru, Equador, Estados Unidos, Sri Lanka e Tanzânia, com apoio a mais países conforme captação de recursos para implantação global.
  • O método funciona com extração de DNA no local, realização de PCR no campo e envio dos resultados a uma plataforma online de aprendizado de máquina que aponta as espécies presentes nas amostras.
  • O kit completo custa em torno de vinte mil dólares, incluindo máquina, reagentes para um ano de inspeções e um notebook; o custo por amostra é de cerca de um dólar e cinquenta centavos, sendo o financiamento crucial para a expansão mundial.

O pesquisador Diego Cardeñosa desenvolveu uma ferramenta portátil capaz de identificar rapidamente a espécie de barbatanas de tubarão em campo. O sistema, criado em Hong Kong a partir de 2018, permite detectar se uma barbatana seca pertence a uma espécie protegida, usando uma análise de DNA em tempo real, similar a um teste de COVID.

A técnica começou com foco em nove das 12 espécies listadas pela CITES. Ela permite extrair DNA de uma pequena amostra de barbatanas, realizar uma reação de PCR no local da fiscalização e gerar curvas de identificação ao longo de cerca de uma hora e meia. A ferramenta já ajudou a apreender cargas na região de Hong Kong, maior hub do comércio de barbatanas.

Cardeñosa, hoje professor assistente da Florida International University, participa de divulgação internacional da solução. O objetivo é ampliar o uso da tecnologia para mais espécies e regiões, com base em financiamentos que viabilizem a implantação global.

Expansão para mais países e espécies

A ferramenta está sendo implementada no Brasil, Peru, Equador, EUA, Sri Lanka e Tanzânia. O kit já tem suporte para mais de 140 espécies listadas pela CITES, com o objetivo de acelerar o trabalho de fiscalização em controles de importação e exportação.

Além da atuação prática, o projeto alimenta um relatório online que utiliza aprendizado de máquina para classificar as amostras. O foco agora é ampliar o financiamento para sustentar a implantação em diferentes portos e fronteiras ao redor do mundo.

O custo estimado do kit completo fica entre 16 mil e 20 mil dólares, incluindo o equipamento, reagentes para cerca de um ano de inspeções e um laptop. Com o suporte financeiro adequado, países com menor capacidade de investimento podem adquirir o kit por meio de parcerias com financiadores e organizações internacionais.

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