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Ondas de calor no oceano e esgoto cru elevam risco à saúde humana

Ondas de calor marinho e esgoto não tratado elevam o risco de infecções por Vibrio, ampliando impactos à saúde pública e à economia costeira

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Por Revisado por: Time de Jornalismo Portal Tela
Flooding in Florida caused by Hurricane Ian’s storm surge in 2022. In the week following that storm, 38 cases and 11 deaths were reported due to Vibrio vulnificus, the largest outbreak in U.S. history. Climate change made Hurricane Ian at least 10% worse than it would have historically been. The aftermath of severe storms can bring a spike in Vibrio infections. Image by Florida Fish and Wildlife via Flickr (CC BY-NC-ND 2.0).
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  • O aquecimento dos oceanos e ondas de calor marinhas elevam o risco de infecções por vibriórios, especialmente o Vibrio vulnificus, que pode ser grave.
  • A poluição costeira, com esgoto não tratado e fertilizantes, fornece nutrientes que estimulam o crescimento desses patógenos na água.
  • Em 2022, o furacão Ian causou maior surto de Vibrio nos EUA (38 casos e 11 mortes); especialistas alertam que o risco vem aumentando globalmente.
  • Sistemas de esgoto antigos, com emissões combinadas de esgoto e água da chuva, liberam esgoto cru em águas costeiras, agravando a contaminação.
  • Medidas sugeridas incluem melhor monitoramento, alertas precoces e ações para reduzir mudanças climáticas, poluição e plástico, além de melhorar o tratamento de esgoto.

O aumento de temperaturas oceânicas e ondas de calor marinho eleva o risco de infecções por Vibrio, incluindo a espécie V. vulnificus, associada a casos graves de infecção. Mortes na Flórida este ano destacam a gravidade do tema, com alta incidência após ondas de calor e poluição costeira. A relação entre calor, esgoto não tratado e fertilizantes agrícolas pode favorecer patógenos marinhos nocivos, segundo especialistas.

Dados recentes apontam que existem mais de 12 espécies de Vibrio capazes de afetar a saúde humana, entre elas V. cholerae, causadora de cólera. A presença dessas bactérias está ligada a ambientes marinhos, especialmente quando a água fica mais quente e a água salgada-turbo é contaminada por resíduos humanos.

Aumento de casos em águas costeiras é observado com mais frequência em períodos de elevação de temperatura, conforme estudos citados por especialistas. A urbanização, o manejo inadequado de esgoto e o manejo de nutrientes contribuem para o crescimento de microrganismos patogênicos em áreas costeiras.

Mudanças climáticas e poluição

Especialistas destacam que ondas de calor marítimas, associadas a poluição, podem intensificar a proliferação de Vibrio e aumentar a virulência de algumas cepas. Experimentos laboratoriais mostraram que vibrios expostos a águas contaminadas por esgoto podem apresentar crescimento acelerado.

A deficiência de infraestrutura de tratamento de esgoto agrava o problema. Sistemas de esgoto misto, que combinam esgoto e águas pluviais, muitas vezes precisam desviar o tratamento, liberando resíduos em rios, estuários e zonas costeiras. Em várias regiões, a solução demanda investimentos bilionários.

A poluição por nutrientes, como nitrogênio e fósforo, também favorece o crescimento de bactérias marinhas. Pesquisas recentes indicam que microrganismos podem colonizar microplásticos na água, aumentando a resistência a antibióticos e dificultando o enfrentamento de infecções.

Riscos à saúde e medidas

Os padrões de infecção por Vibrio variam por região e estação, mas casos graves, especialmente de V. vulnificus, podem levar a sepse e mortalidade. Em resposta, especialistas recomendam maior monitoramento, campanhas de conscientização e sistemas de alerta antecipado, sobretudo em meses quentes e após chuvas intensas.

O estudo de modelos que combinem temperatura, salinidade e outros fatores ambientais já ocorre em várias partes do mundo, com uso para orientar vigilância de frentes de pesca e saúde pública. A previsão precisa ajuda a reduzir exposições e orientar atividades aquáticas.

Para reduzir o risco, é essencial reduzir emissões de carbono e adotar políticas de controle de poluição, eliminação de CSOs (despejos de esgoto não tratados) e diminuição do uso de fertilizantes nitrogenados, além de melhorar a gestão de resíduos pluviais e plásticos.

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