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Tempestades e elevação do mar levam Bélgica a erguer dunas de proteção

Dunas em Raversijde resistem a tempestade Benjamin, atingindo 2,5 m de altura, enquanto Knokke-Heist registra erosão; resultados apontam resiliência promissora

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Por Revisado por: Time de Jornalismo Portal Tela
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  • Tempestade Benjamin deixou pouca erosão nas dunas de Raversijde, Ostend, mantendo as dunas com 2,5 metros de altura em 2025.
  • Em Knokke-Heist houve erosão, principalmente em áreas próximas ao porto de Zeebrugge, mas as dunas com vegetação ajudaram a conter as ondas.
  • O sistema “duna‑dique” é parte de projeto da Living Labs e do DuneFront, que avaliam proteções costeiras baseadas na natureza.
  • Resultados preliminares são promissores, porém ainda há dúvidas sobre viabilidade em tempestades mais fortes e sobre a continuidade da extração de areia offshore.
  • Pesquisadores destacam que tais soluções podem funcionar na maior parte da costa belga, desde que combinadas com ações de preservação da linha costeira e monitoramento contínuo.

Tempestade Benjamin atingiu a costa belga no fim de outubro, trazendo ventos fortes, mar agitado e erosão em alguns trechos. Em contrapartida, um trecho de 750 metros em Raversijde, Ostend, manteve-se relativamente protegido graças ao sistema dune-by-dike, que combina dunas artificiais com uma duna de proteção existente.

As dunas, com 2,5 metros de altura em 2025, foram erguidas para dissipar a energia das ondas e, em conjunto com a margem, formam uma barreira dupla contra o mar. O projeto integra a iniciativa Living Labs do governo flamengo e envolve especialistas da Flanders Hydraulics Research e da Universidade de Ghent.

A erosão foi observada em Knokke-Heist, a alguns quilômetros ao nordeste, onde as dunas com vegetação mostraram performance diferente devido à proximidade com Zeebrugge e ao fluxo de maré. Ainda assim, as áreas com dunas atuaram para frear o avanço das ondas, comparadas a trechos sem esse sistema.

Desempenho do sistema dunes-by-dike

Dados preliminares indicam que Benjamin não provocou erosão nas dunas de Raversijde. Pesquisadores destacam que o modelo pode não resistir a tempestades ainda mais intensas, mas apontam resiliência promissora para a costa flamenga. Em Knokke-Heist, as dunas mostraram eficácia relativa.

Ainda em avaliação, o projeto testa a viabilidade de proteção baseada na natureza em grande parte da faixa costeira belga. As equipes observam que áreas sem dunas naturais são mais vulneráveis e demandam estratégias adicionais de proteção.

As autoridades enfatizam que o monitoramento continua, com estudos sobre impactos ambientais, viabilidade de longo prazo e possíveis adaptações para ampliar a proteção frente às mudanças climáticas. O objetivo é sustentar dunas em equilíbrio com a correnteza e o avanço do nível do mar.

Contexto e perspectivas

A costa da Bélgica é ampla e relativamente baixa, o que a torna sensível a tempestades e ao aumento do nível do mar. O plano de defesa costeira adota o princípio “soft onde puder, hard onde for necessário”, priorizando soluções naturais como reposição de praias e restauração de dunas, complementadas por diques quando necessário.

Além de Raversijde, há outros pilotos, como Spinoladijk em Ostend e iniciativas em Middelkerke, iniciados em 2021 (Knokke-Heist, 2023). A análise atual aponta que sistemas de dunes-by-dike podem incrementar a proteção em trechos sem dunas naturais extensas.

Pesquisadores ressaltam que, mesmo com avanços, o dredging e a nourrishment they demand podem ter impactos ambientais. Observam ainda que a disponibilidade de areia offshore é finita, o que exige manejo cuidadoso para equilibrar proteção, ecossistema e custo.

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