- Grupo de quatro elefantes-sumatrados, Abu, Ajis, Midok e Noni, atua em Pidie Jaya, Aceh, auxiliando na recuperação após o ciclone Senyar.
- Eles são acompanhados por mahouts experientes para remover troncos pesados e abrir vias, ajudando a acesso de veículos.
- Operação ocorre na terceira semana de desdobramentos, com milhares de casas destruídas e mais de mil mortes nos três províncias (Aceh, Sumatra Norte e Sumatra Ocidental).
- Os animais também proporcionam apoio terapêutico a crianças afetadas e ajudam no transporte de resíduos de madeira deixados pela inundação.
- Autoridades destacam o bem-estar dos elefantes e reconhecem dilemas éticos do uso de animais em operações humanitárias, preservando a espécie Elephas maximus sumatranus.
A equipe de resgate de elefantes Sumatran veteranos foi acionada em Aceh para apoiar as operações de recuperação após a passagem catastrófica do ciclone Senyar, no final de novembro. Os animais ajudam a remover destroços pesados em áreas atingidas ao norte de Sumatra.
Quatro elefantes, dois machos — Abu, Ajis e Midok — e uma fêmea, Noni, atuam a partir do Saree Elephant Training Center, em Aceh Besar. A missão, com orientação dos mahouts, busca abrir caminho em vias bloquear por madeira e escombros, beneficiando veículos de resgate.
O grupo trabalha no distrito de Pidie Jaya, em Aceh, durante a terceira semana de recuperação. De acordo com autoridades locais, o estado de emergência permanece em várias comunidades, com várias aldeias isoladas por deslizamentos e entupimento de vias.
A operação acontece após Senyar ter chegado a Sumatra em 26 de novembro, com precipitação de até 130 milímetros em três horas. Na região de Aceh, o ciclone deixou ao menos 29 mortos em Pidie Jaya e 1.059 vítimas em três províncias.
Contexto e impactos
Os elefantes removem troncos pesados de residências e desobstruem estradas para permitir a passagem de equipes de socorro. O esforço é citado como uma forma de acelerar a recuperação, especialmente onde maquinaria pesada tem dificuldade de acesso.
Autoridades destacam a trajetória dos animais, que já participaram de operações de resgate após o tsunami de 2004, quando milhares de pessoas foram afetadas na costa oeste de Aceh. O uso de animais em emergências é visto com reservas éticas por especialistas locais.
Considerações locais
Forças policiais locais ressaltam que os animais possuem habilidades técnicas úteis para a operação de recuperação e, segundo relatos, ajudam no bem-estar psicológico das comunidades impactadas. Mesmo assim, a proteção aos animais é mantida como prioridade pelas autoridades de conservação.
Conservacionistas e comissões parlamentares destacam a necessidade de monitorar o bem-estar dos elefantes, que são espécies protegidas. O uso em operações humanitárias é discutido como parte de um debate mais amplo sobre coexistência entre pessoas, fauna e atividades de restauração.
O interior de Pidie Jaya, onde Senyar aterrissou, abriga uma população significativa de elefantes-sumatranos. Estimativas de hoje apontam milhares de indivíduos em estado de mata, com pressões de conflito humano-fauna aumentadas pela perda de habitat.
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