- O ciclone Senyar provocou enchentes rápidas em Sumatra, deixando dezenas de pescadores de Padang sem trabalho devido a troncos que bloquearam o acesso ao mar.
- Logras flutuantes, com diâmetros entre sessenta e noventa centímetros, impediram a saída de barcos e prejudicaram a pesca na região de Patenggangan, afetando cerca de cento e cinquenta pessoas que dependem da atividade.
- A renda dos pescadores caiu, com ganhos diários entre cinquenta mil e cento e cinquenta mil rupias, levando muitos a compraram itens básicos a crédito.
- Análise do Fórum Ambiental Walhi aponta pelo menos quinze locais de suposta exploração ilegal em áreas protegidas e reservas, principalmente na bacia do rio Air Dingin, após desmatamento upstream.
- Grupos de assistência jurídica solicitam ações urgentes e a declaração de estado de calamidade nacional com abertura de ajuda humanitária; o governo tem evitado ajuda internacional e não declarou emergência.
O ciclone Senyar provocou enchentes rápidas em Sumatra e deixou uma frente de resíduos de madeira no litoral de Padang. Loggos flutuantes bloquearam o acesso ao mar, impedindo a pesca e prejudicando centenas de trabalhadores locais. A situação ocorreu após as chuvas intensas que atingiram a região no final de novembro.
Em Padang, capital da recém mencionada província de Sumatra Ocidental, barcos de pesca ficaram parados já há dias. Dentre os detritos, merantis com diâmetros entre 60 e 90 cm foram observados nas áreas costeiras, dificultando a saída ao mar e elevando os custos de subsistência de várias famílias pesqueiras.
Estimativas apontam cerca de 150 pessoas na região de Patenggangan dependentes da atividade para o sustento. Aproximadamente 40 embarcações atuam na área, incluindo 14 atreladas a tripulações consideráveis. Os baixos rendimentos diários ampliam a dependência de crédito para itens básicos.
Logos e impactos na pesca
Concentrações de madeira bloqueiam trechos da costa, interrompendo as atividades de pesca e afetando a renda de centenas de trabalhadores. Comunidades locais relatam prejuízos adicionais com a necessidade de reparos de embarcações e infraestrutura costeira.
Analistas ambientais destacam que o cenário de resíduos aumenta o estresse sobre ecossistemas marinhos e sobre a pesca artesanal na região. Pelas informações disponíveis, o volume de madeira oriunda de mata upstream elevou a quantidade de sedimentos no litoral, agravando efeitos de turbidez e substrato marinho.
Desmatamento e ações legais
Um levantamento satélite realizado pela Walhi identificou pelo menos 15 pontos de suposta exploração ilegal dentro de áreas protegidas, incluindo a Reserva Bukit Barisan. As áreas afetadas variam entre 1 e 5 hectares, com impactos em zonas de captação de água e de vida silvestre.
Especialistas legais pedem açõesurgentes, com cobrança de maior rigor na fiscalização e responsabilização por desmatamento. Organizações de assistência jurídica destacam a necessidade de apoio emergencial e maior capacidade de resposta local.
Autocrítica e política
Grupos de assistência jurídica e ambientais atuam pedindo ações rápidas das autoridades centrais para enfrentar o desmatamento e os desastres ligados aos eventos climáticos extremos. O governo federal tem recebido pressão para abrir espaço a ajuda internacional e declarar estado de emergência.
Segundo representantes locais, autoridades locais enfrentam limitações orçamentárias para lidar com desastres de grande escala, o que reforça a necessidade de coordenação entre municípios, estados e agências nacionais de meio ambiente.
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