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Jeff Foott, cronista do gelo, da rocha e da mudança, morre aos 80

Jeff Foott, fotógrafo, escalador e naturalista, morre aos 80 anos; trabalho ajudou a moldar a visão pública sobre a natureza e as mudanças climáticas

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Por Revisado por: Time de Jornalismo Portal Tela
Jeff Foott. Photo by Judith Zimmerman
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  • Jeff Foott morreu em três de dezembro, aos 80 anos, de uma forma rara de leucemia, deixando legado como alpinista, naturalista e fotógrafo.
  • Sua obra ajudou a moldar a forma como o wilderness e a vida selvagem passaram a ser vistos pelo público, especialmente quando eram assuntos marginais.
  • Na juventude, viveu em Berkeley, trabalhou no Ski Hut e ficou conhecido por atividades ligadas a Yosemite, além de ter sido o primeiro resgate do parque.
  • Formou-se em biologia marinha e atuou em laboratórios marinhos, conduziu escaladas, patrolou esqui e participou de trabalhos de controle de avalanche; a fotografia foi ferramenta para apresentar animais e ambientes.
  • Ao longo da carreira, criou mais de quarenta filmes para emissoras como National Geographic, BBC, PBS e Discovery, e seus registros passaram a servir como documentação de mudanças climáticas e ambientais.

Jeff Foott, registrador de gelo, rocha e mudanças na natureza, morreu aos 80 anos no dia 3 de dezembro, vítima de uma forma rara de leucemia. Foi climber, naturalista e fotógrafo cujas imagens ajudaram a moldar a maneira como o público viu áreas selvagens e vida animal, em um momento em que esses temas eram ainda marginais.

Criado em Berkeley nos anos 50, Foott trabalhou na Ski Hut ao lado de alpinistas que viriam a figurar no imaginário de Yosemite. Puzzle de caminhos o levou a ser o primeiro resgatista do Yosemite, entre outras funções, unindo coragem e paciência. Possuía título de Eagle Scout, faixa preta de judo e estudou de forma discreta para concluir a faculdade.

Formação e atuação profissional

Foott ganhou grau em biologia marinha pela San Jose State University e atuou no Moss Landing Marine Laboratories, com pesquisas sobre lontras-do-mar. Também guiou escaladas para a Exum, participou do ski patrol em Jackson Hole e desempenhou trabalho de controle de avalanches. A fotografia apareceu como ferramenta, não como fim, para mostrar como animais viviam.

Sua carreira jornalística incluiu mais de 40 filmes e colaborações com National Geographic, BBC, PBS e Discovery. Um episódio de The Living Edens pela Patagonia lhe rendeu indicação ao Emmy. Suas fotografias foram amplamente veiculadas, inclusive em catálogos da Patagonia.

Legado e mudanças climáticas

Foott acompanhou mudanças no ambiente ao longo das décadas, registrando, por exemplo, o recuo de geleiras e menos gelo em rios. Em seus últimos anos, percorreu os cânions próximos a Castle Valley, Utah, sempre com cautela adquirida ao longo de expedições anteriores na China, onde um avalanche ceifou um colega. As imagens passaram a documentar o que mudou.

Ao falar sobre seu propósito, Foott disse que preferia mostrar do que explicar, confiando na clareza das imagens para provocar impacto. Em vida, reforçou a ideia de que pessoas se dedicaram a enfrentar mudanças climáticas e a defender valores democráticos, entre outros.

Reconhecimentos e notas finais

Ao longo de sua trajetória, Foott foi lembrado por colegas de profissão e por veículos dedicados à natureza. Suas obras e memórias continuam a inspirar quem estuda ecossistemas, conservação e o papel da imagem na comunicação científica.

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