- A regeneração natural em Muse Danda e Bageswori ocorreu sem campanhas de plantio em larga escala, apenas com proteção comunitária do terreno.
- Enquanto o governo investe em reflorestamento na região de Chure, há limitações de fiscalização e poder de imposição sobre as ações.
- No Ban Devi, a área plantada pela Nepal Army recebeu alegação de 80% de sobrevivência, mas visitas ao local indicam apenas cerca de 10% de mudas sobreviventes.
- Medidas locais incluem proibição de pastejo aberto, controle de acesso, multas por corte de árvores e patrulhas 24 horas, contribuindo para a recuperação florestal.
- Especialistas destacam que a regeneração natural, quando protegida, pode superar plantações coordenadas em custo e eficácia, enquanto há críticas à gestão governamental e à capacidade de fiscalização do conselho responsável.
O manejo comunitário de florestas no Muse Danda, em Nawalparasi, e em Bageswori, Kapilvastu, resultou em regeneração natural sem campanhas maciças de plantio. Em Muse Danda, a proteção do terreno foi a chave para o retorno de espécies nativas como sal, sisau, jamun e bakaino.
Segundo moradores, a área antes estava degradada, com solo exposto e pastoreio intenso. Com a guarda local, o ecossistema ganhou fôlego e hoje atrai visitantes que buscam sombra e tranquilidade.
Enquanto isso, em Ban Devi, a administração provincial recorreu à plantação liderada pelo exército. Entre 2016 e 2024, foram plantados 72 mil exemplares de espécies nativas, segundo a defesa.
Apesar da meta oficial de 80% de sobrevivência, observações de campo indicam cerca de 10% de sobrevivência até outubro. Relatos locais apontam falhas no monitoramento pós-plantio e na continuidade de patrulhas.
Resultados contrastantes na região de Chure
A fundação PCTM–CDB estuda o desempenho de ações governamentais de reflorestamento na região. Em média, o orçamento é de cerca de 2 mil dólares por hectare, mas a falta de poder de fiscalização compromete os resultados.
Representantes do conselho reconhecem a fragilidade institucional: a autoridade para proteger áreas recai sobre autoridades locais, gerando dependência de ações pontuais da defesa e da administração distrital.
Pesquisadores destacam que a regeneração natural, quando protegida, pode superar plantios coordenados em custo e eficácia. A terra fértil e o papel de sementes voadoras ajudam nesse processo.
Especialistas defendem que políticas públicas devem priorizar a proteção comunitária e a regeneração natural, fortalecendo a participação local para manter a cobertura vegetal.
Compromisso com a conservação e lições para políticas públicas
Lideranças comunitárias destacam que, com vigilância contínua, cascos de proteção e manejo de acesso, a regeneração pode se sustentar ao longo do tempo. Em Muse Danda, a natureza responde rapidamente a restrições simples, sem investimentos elevados.
Na prática, a experiência sugere que a proteção do que já existe pode ser mais eficaz do que campanhas de plantio extensivas sem garantia de manutenção.
Especialistas apontam para a necessidade de um plano de longo prazo que combine participação comunitária, fiscalização robusta e viabilidade de manejo, principalmente na área de Chure.
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