- Foi descrita uma nova espécie de sapo minúsculo, Brachycephalus lulai, encontrada no Atlantic Forest do sul do Brasil, em Santa Catarina, em dois sítios próximos na Serra do Quiriri.
- A espécie mede pouco mais de um centímetro; machos vão de 8,9 a 11,3 milímetros e fêmeas de 11,7 a 13,4 milímetros, com corpo laranja-brilhante e pequenas manchas verdes e marrons.
- O nome homenageia o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
- Foram coletados 32 indivíduos e confirmados como uma nova espécie por meio de análises de DNA e de vocalizações.
- O habitat parece bem preservado e sem ameaças significativas, sugerindo classificação de menor preocupação pela IUCN, mas há necessidade de monitoramento devido a pressões na região da Serra do Quiriri.
A poucos passos da Mata Atlântica do sul do Brasil, pesquisadores descrevem uma nova espécie de anfíbio. O anfíbio é minúsculo, com pouco mais de um centímetro de comprimento, e vive entre o detrito de folhas. O estudo aponta que a espécie é inédita para a ciência.
A nova espécie, batizada de Brachycephalus lulai, recebeu o nome em homenagem ao presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva. Os pesquisadores coletaram 32 indivíduos para a análise, comparando DNA e vocalizações com outras espécies do mesmo gênero.
Brachycephalus lulai foi encontrada em dois locais próximos da Serra do Quiriri, nas encostas sudeste de Santa Catarina. Os animais são de cor laranja vivo, com manchas verde‑marrom, e apresentam filhotes de tamanho entre 8,9 e 13,4 mm, com fêmeas levemente maiores que os machos.
Descoberta e características
Os cientistas verificaram que o canto dos machos é único entre as espécies do gênero. A confirmação da novíssima espécie veio após a comparação de várias características morfológicas e genéticas.
Conservação e cenário
Os locais onde B. lulai foi encontrado parecem preservados, sem ameaças significativas no momento, o que levou a classificação provisória como pouco preocupa sob a IUCN. Ainda assim, a equipe recomenda monitoramento constante da região.
Entretanto, a Serra do Quiriri abriga outras espécies ameaçadas. Existem registros de Brachycephalus quiririensis, B. auroguttatus e Melanophryniscus biancae, que enfrentam impactos de queimadas, manejo de pastagens, mineração, invasão de pínus e turismo.
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