- Cientistas de Harvard e Oxford desenvolvem um exame de sangue que pode prever o risco de complicações em cardiomiopatia hipertrófica (HCM), a doença cardíaca hereditária mais comum.
- Em estudo com setecentos pacientes, os níveis de NT-Pro-BNP, proteína liberada pelo coração, foram usados para indicar pior fluxo sanguíneo, mais cicatrizes e alterações que elevam o risco de fibrilação atrial ou insuficiência cardíaca.
- Pessoas com os níveis mais altos apresentaram maior probabilidade de complicações, sugerindo que o teste pode orientar monitoramento mais próximo ou tratamento específico.
- A líder do estudo, professora Carolyn Ho, afirma que o teste pode ajudar a direcionar terapias certas para os pacientes no momento adequado.
- Pesquisadores destacam que, se confirmadas, as descobertas podem beneficiar milhões e abrir caminho para novas abordagens de tratamento com base em biomarcadores do sangue.
O estudo, conduzido por equipes de Harvard e Oxford, aponta uma forma simples de prever quem está mais exposto a complicações da hipertrofia cardíaca (HCM). A pesquisa envolveu 700 pacientes com a doença.
Os pesquisadores analisaram o NT-Pro-BNP, proteína liberada pelo coração durante o bombeamento. Níveis elevados indicam que o coração trabalha com maior esforço, associando-se a menor fluxo sanguíneo e maior cicatrização do músculo.
Quem está envolvido: universidades de Harvard e Oxford, com a British Heart Foundation financiando a pesquisa. A liderança ficou a cargo da professora Carolyn Ho, da Harvard Medical School, e de sua equipe.
Quando e onde: os experimentos ocorreram no âmbito de um estudo de referência envolvendo pacientes com HCM, divulgado como avanço na monitorização da doença. A apuração foi realizada por equipes internacionais.
Por que importa: o teste de NT-Pro-BNP poderia direcionar o tratamento, permitindo vigilância mais próxima e intervenções potencialmente salvadoras para quem enfrenta maior risco de complicações, como fibrilação atrial ou insuficiência cardíaca.
Resultados-chave: pacientes com os níveis mais altos da proteína apresentaram pior perfusão sanguínea, mais tecido cicatricial e alterações cardíacas associadas ao risco de desfechos graves. O teste poderia mudar o cuidado de milhões.
Impacto para pacientes: casos em que o diagnóstico é recente ou familiar, como o de Lara Johnson, de 34 anos, indicam potencial benefício. A identificação precoce de alto risco permitiria ajustes de estilo de vida e tratamento mais oportuno.
Perspectivas futuras: a equipe pretende validar o biomarcador em estudos adicionais, para confirmar a capacidade de distinguir entre risco alto e baixo e, assim, orientar terapias mais eficazes.
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