- Em 2024, câmeras-armadilha registraram treze felinos de cabeça achatada na floresta alagada do Santuário Wildlare Sirindhorn, no sul da Tailândia, com mais dezesseis ocorrências no início deste ano.
- Foi observada reprodução, com uma fêmea vista com filhote, sinal encorajador para a sobrevivência da espécie Prionailurus planiceps.
- A espécie foi confirmada pela última vez na Tailândia em 1995, o que levou a União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN) a classificar o animal como possivelmente extinto no país, em 2014.
- A população tailandesa é considerada a possível “última” no país, vivendo em áreas de pântano de turfa da região, onde a preservação de habitats ainda intactos é crucial.
- Especialistas destacam que a redescoberta pode incentivar mais pesquisas e fortalecer a proteção do ecossistema de manguezais e pântanos na Tailândia, que abrange também a conservação de outros felinos e espécies ameaçadas.
Dois a 3 parágrafos iniciais
Câmeras-armadilha capturaram, em 2024, 13 registros de felino de cabeça achatada na reserva Princess Sirindhorn Wildlife Sanctuary, no sul da Tailândia. Em 2025, foram registradas mais 16 ocorrências na mesma área alagada. Também houve evidência de reprodução, com uma fêmea vista acompanhada de filhote.
A descoberta ocorre após décadas de ausência documentada no país, onde a espécie era considerada possivelmente extinta pela IUCN desde 2014. A confirmação atual reforça a importância das áreas úmidas para a sobrevivência do animal.
O material foi coletado por meio de câmeras de organizações de conservação e pelo Departamento de Parques Nacionais, Vida Selvagem e Plantas (DNP). As fotografias indicam que o habitat úmido permanece suficiente para sustentar a espécie, ao menos em parte de seu alcance na Tailândia.
Detalhes da descoberta
Os registros de 2024 e 2025 foram obtidos em conjunto pela Panthera e pelo DNP. A observação de filhote sugere reprodução bem-sucedida, o que é visto como sinal encorajador para a persistência da espécie.
Panorama da espécie e próximos passos
O felino de cabeça achatada é um dos mais ameaçados do mundo e pouco conhecido. A densidade populacional é difícil de estimar pela falta de marcação individual e pela difícil accessibilidade do ambiente pantanoso.
Desafios de conservação
Especialistas destacam que a região envolve riscos adicionais, como devastação de hábitat por dragagem e mudanças no uso da água. Estima-se que a espécie exista em baixa abundância em toda a sua área de ocorrência, com áreas críticas de proteção.
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