- Jay M. Savage, herpetólogo, documentou o Bufo periglenes, o sapo-luz-da-amarela, no Costa Rica em 1964, no que hoje é a Reserva Monteverde.
- Em 1988 houve queda abrupta de exemplares do sapo dourado; em 1990 não havia mais adultos encontrados no local de desova.
- Outros anfíbios de florestas de nuvens, como glass frogs e harlequin frogs, também entraram em declínio global, com padrões similares.
- Savage ajudou a criar a Organização para Estudos Tropicais (OTS), promovendo educação estável e integração entre universidades e centros de pesquisa na região.
- A OTS formou várias gerações de ecólogos e mantém cursos e sites de campo contínuos, mesmo diante de desafios financeiros e de gestão.
Jay M. Savage foi herpetólogo que documentou o golden toad Bufo periglenes em Costa Rica e ajudou a moldar a biologia tropical e a criação da Organization for Tropical Studies (OTS). No final dos anos 1980, anfíbios de florestas de nuvens começaram a desaparecer globalmente, incluindo o golden toad, glass frogs e harlequin frogs. Savage defendeu mudanças institucionais e educação estável via OTS.
A falta de explicações locais para o declínio, que parecia global, levou Savage a destacar a necessidade de base institucional permanente para o estudo da biologia tropical. Ele registrou que populações comuns vinham sumindo de forma abrupta, desafiando explicações simples baseadas em danos locais.
Origem da OTS
Savage atuou na interseção entre taxonomia e ecologia, liderando projetos na Costa Rica e nos EUA que culminaram na criação da OTS. Junto a colegas, elaborou propostas, convenceu universidades e buscou apoio da NSF para manter a pesquisa e o ensino no tropico.
A ideia era estabelecer bases contínuas de ensino e pesquisa, onde cientistas atuassem como participantes permanentes, não apenas visitantes. Cursos iniciais visavam docentes, com o objetivo de ampliar depois a formação de alunos na região.
Legado científico e institucional
Ao longo de décadas, Savage ajudou a consolidar a OTS como rede de educação ambiental e pesquisa. A organização treinou gerações de ecólogos e definiu padrões de ensino de biologia tropical. Sua atuação incluiu gestão, captação de recursos e orientação de jovens pesquisadores.
Savage também orientou futuras gerações pela mentoria discreta, valorizando curiosidade duradoura, resiliência em longos trabalhos de campo e a busca constante por dados consistentes. A abordagem dele privilegia continuidade e cooperação sobre visibilidade.
Seu trabalho permanece visto como parte central da formação de biologia tropical moderna, com estruturas institucionais que operam independentemente de biografias individuais. A forma como a OTS se estruturou reflete, em parte, esse legado.
Entre na conversa da comunidade