- Descoberta de uma nova espécie de rã, Oreobates shunkusacha, no Bosques de Vaquero Biocorridor, região de San Martín, Peru, em expedições entre dois mil e vinte e dois e dois mil e vinte e cinco, guiadas por associações indígenas e locais.
- Descrição publicada na revista Salamandra, em dois mil e vinte e cinco; o nome científico homenageia o território e a espécie é considerada endêmica e ameaçada.
- Habitat em florestas de yungas basimontanas úmidas, acima mil trezentos e cinquenta metros, com tamanho de dois a três centímetros; encontrada em duas zonas de concessão (Sacha Runa e Yaku Kawsanapa).
- Ameaças incluem desmatamento que reduziu a cobertura florestal em cerca de sessenta por cento nos últimos quarenta anos, devido a cafeicultura, cacau, pecuária e exploração ilegal; impactos na hidrologia do lago Sauce.
- Esforços de conservação envolvem comunidades locais, acordo de quarenta anos desde dois mil e quinze, iniciativa Coexist da IUCN para fortalecer a vigilância, ecoturismo e trabalho artesanal liderado por mulheres.
O Peru confirmou a descoberta de uma nova espécie de anfíbio, o sapo Oreobates shunkusacha, encontrado nos bosques de várzea nublada da região de San Martín. A descoberta ocorreu em expedições entre 2022 e 2025, conduzidas por equipes de Peru e França com a participação de organizações locais. A espécie é considerada ameaçada devido ao manejo inseguro de seu habitat.
A descrição científica foi publicada no periódico Salamandra, com o nome científico Oreobates shunkusacha. O nome popular proposto é Shunku Sacha, que em kichwa-lamista significa “coração da floresta”. A área de ocorrência é restrita a poucos pontos de floresta primária.
O sapo mede 2 a 3 cm, tem tom marrom escuro e olhar com íris douradas. Vive em florestas de altitudes acima de 1.350 metros e é ativo à noite, deslocando-se entre folhas, musgo e samambaias do piso.
Descoberta e contexto
As expedições ocorreram no Bosques de Vaquero Biocorridor, que abriga cerca de 8 mil hectares distribuídos nas áreas Yaku Kawsanapa, Sacha Runa e Cordillera de Vaquero. Voluntários locais ajudam a proteger a área contra desmatamento.
Conservação e participação comunitária
A pesquisa envolveu associações locais, Nature Conserv’Action e Araranka, desde 2022, com o objetivo de aproximar ciência e proteção comunitária. A floresta degradada aumenta o risco para a nova espécie e para o ecossistema da região.
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