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Tatiana Schlossberg, jornalista ambiental, analisa desafios do setor

Jornalista ambiental Tatiana Schlossberg morre aos 35, após leucemia; destacou que danos ambientais são consequência de sistemas que normalizam a exploração

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Por Revisado por: Time de Jornalismo Portal Tela
Tatiana Schlossberg. Photo by Steven Senne/Associated Press
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  • Tatiana Schlossberg foi jornalista ambiental do The New York Times, que mostrou como danos ambientais se acumulam aos poucos e como sistemas ajudam a ignorá-los, sem tom apocalíptico.
  • Em 2019 publicou Inconspicuous Consumption, livro sobre as consequências ambientais do cotidiano e por que é difícil evitar danos por infraestrutura e cadeias de produção.
  • Em maio de 2024 nasceu o segundo filho; poucas horas depois, diagnóstico de leucemia mieloide aguda com mutação rara, levando a tratamentos intensos e a relatos sobre a doença.
  • O ensaio que publicou na The New Yorker, em novembro de 2025, anunciava o diagnóstico terminal e descrevia o ciclo de quimioterapia, transplante de medula, remissão e recaídas.
  • Durante a doença, reforçou a mensagem de que a vida depende de sistemas frágeis e de cuidados médicos, pesquisadores e financiamento, deixando um último texto que registra a presença nos momentos com os filhos.

Tatiana Schlossberg, jornalista ambiental, faleceu hoje aos 35 anos, após um ano e meio entre hospitais e casa. A doença interrompeu uma trajetória dedicada a explicar danos ambientais causados por sistemas complexos, não por culpa individual.

Ao longo da carreira, Schlossberg explicou mudanças climáticas e a perda de biodiversidade sem recorrer a alarmismos. Para o The New York Times, priorizava mecanismos que geram impacto, em vez de apelos morais.

Sua obra incluiu o livro Inconspicuous Consumption, que examina consequências ambientais de hábitos cotidianos sem atribuir culpa a indivíduos isolados, mas destacando infraestruturas e cadeias de suprimento.

Luta contra o câncer e o percurso pessoal

Em 2024, poucos dias após o nascimento de seu segundo filho, diagnostico de leucemia mieloide aguda com mutação rara revelou-se incurável. O relato no The New Yorker descreveu etapas de quimioterapia, transplante de medula, remissões e recidivas. Não houve arco redentor.

A jornalista descreveu a interrupção de uma vida saudável e ativa, marcada pela dedicação ao trabalho. O texto enfatizou o desafio de manter a presença e o humor diante de um sistema voltado à eficiência, não à dignidade.

Impactos familiares e legado profissional

As passagens mais dolorosas tratam dos filhos. O filho acompanhava a mãe ao hospital com frequência, enquanto a filha, nascida durante a doença, crescia sem contato físico prolongado. Schlossberg registrou a memória como preocupação real, sem ornamentação.

Durante a doença, a jornalista manteve o foco em sistemas frágeis que sustentam vidas. Ela escreveu sobre equipes de enfermagem, médicos, financiamento de pesquisa e ensaios clínicos, com a clareza típica de quem observa infraestruturas complexas.

Epílogo e trabalhos posteriores

Antes de adoecer, Schlossberg planejava um livro sobre os oceanos. Em vez disso, deixou um último texto que registra a experiência de estar presente com os filhos, mesmo diante do fim próximo. A autora descreveu a dificuldade de permanecer no presente, sem abandonar a esperança de estar com eles.

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