Em Alta NotíciasConflitoseconomiaFutebolrelações internacionais

Converse com o Telinha

Telinha
Oi! Posso responder perguntas apenas com base nesta matéria. O que você quer saber?

Desmatamento aumenta na maior biosfera da América Central

Bosawás registra pico de desmatamento em dois anos; investigação aponta carne de conflito de fazendeiros, com apelo por rastreabilidade

Telinha
Por Revisado por: Time de Jornalismo Portal Tela
A baird’s tapir goes for dip. Image by Bernard Dupont via Wikimedia Commons (CC BY-SA 2.0).
0:00
Carregando...
0:00
  • A Bosawás Biosphere Reserve, na Nicarágua, é a maior reserva de biosfera da América Central, com cerca de 7.400 quilômetros quadrados ao longo da fronteira com o Honduras, abriga povos indígenas e espécies ameaçadas como o macaco-aranha Geoffroy e o tapir de Baird.
  • Desde o início do milênio, a reserva perdeu mais de trinta por cento de sua floresta primária, conforme dados de monitoramento que também registram desmatamento recorde em 2024, com setecentos e quarenta quilômetros quadrados desmatados em um ano.
  • Em 2025, investigações de organizações internacionais apontam desmatamento contínuo por fazendeiros em áreas protegidas e territórios indígenas, gerando carne de conflito misturada à carne legalizada e exportada.
  • Em carta pública, a ReWild, a Patrol Campaign e a Environmental Investigation Agency pedem aos varejistas que importam carne nicaraguense que adotem políticas de rastreabilidade rigorosas para as cadeias de fornecimento.

A Biosfera Bosawás, maior área protegida da América Central, abriga povos Miskito e Mayanga e uma rica fauna, incluindo o macaco-aranha Geoffroyi e o tapir de Baird. Em 2024, a reserva registrou pico de desmatamento, com 740 km² devastados em um ano. Mesmo sob proteção UNESCO, a floresta vem perdendo espaço há décadas.

Dados de satélite mostram que mais de 30% da floresta primária já foi perdida desde o início do século. A expansão de fazendas de gado e atividades de mineração têm sido apontadas como principais motores do desmatamento dentro da reserva.

Em 2025, investigações de organizações ambientais internacionais indicam desmatamento continuado por fazendeiros, afetando áreas protegidas e territórios indígenas. Segundo o estudo, há evidências de que carne de conflito é misturada à carne legal e vendida para exportação.

Investigações e pedidos de rastreabilidade

O relatório, feito pela ReWild e pela Patrol Campaign e divulgado em outubro de 2025, também aponta falhas em políticas de fiscalização. Conservacionistas enviaram carta pública a varejistas, solicitando rastreabilidade rigorosa das fontes de carne nicaraguense.

Conclui-se que a prática de desmatamento alimenta abusos de direitos humanos e acelera a perda de ecossistemas críticos como Bosawás e a Reserva Biológica Indio Maíz. O material enfatiza a importância de cadeias de suprimento transparentes para evitar danos climáticos e à biodiversidade.

Comentários 0

Entre na conversa da comunidade

Os comentários não representam a opinião do Portal Tela; a responsabilidade é do autor da mensagem. Conecte-se para comentar

Veja Mais