22 de jan 2025
Brasil enfrenta recorde de queimadas em 2024, com devastação de 30,8 milhões de hectares
Em 2024, o Brasil queimou 30,8 milhões de hectares, aumento de 79% em relação a 2023. A Amazônia foi a mais afetada, com 17,9 milhões de hectares devastados, superando 2023. O ministro Flávio Dino exigiu planos emergenciais de combate a queimadas em 30 dias. A seca e o fenômeno El Niño contribuíram para a vulnerabilidade das florestas ao fogo. A devastação expõe a ineficácia do governo Lula em ações preventivas contra incêndios.
Queimada na região de Miranda, no Pantanal (Foto: Márcia Foletto - Agência O Globo)
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Em 2024, o Brasil enfrentou uma devastação sem precedentes, com 30,8 milhões de hectares queimados, um aumento de 79% em relação ao ano anterior, segundo o relatório do MapBiomas. A Amazônia foi a mais afetada, com 17,9 milhões de hectares consumidos pelo fogo, superando a área total queimada em 2023. O Cerrado e o Pantanal também sofreram perdas significativas, com 9,7 milhões e 1,9 milhão de hectares, respectivamente. A maioria das áreas queimadas, 73%, era de vegetação nativa, destacando a gravidade da situação.
O fenômeno climático El Niño e a seca severa contribuíram para a propagação das chamas, tornando a vegetação mais suscetível ao fogo. Ane Alencar, do MapBiomas, enfatiza que a devastação é resultado não apenas das condições climáticas, mas também da falta de controle governamental sobre o uso da terra e licenciamento para queimadas na agropecuária. Em 2024, foram registrados 278.299 focos de incêndio, o maior número desde 2010, com os meses de agosto e setembro concentrando 55% dos casos.
Em resposta à crise, o ministro Flávio Dino, do STF, determinou que o governo federal e os estados da Amazônia e do Pantanal apresentem, em até 30 dias, planos emergenciais para combater as queimadas. Os estados afetados, incluindo Pará, Mato Grosso e Tocantins, devem incluir ações educativas e de conscientização sobre manejo do fogo. Dino também solicitou uma atualização sobre as investigações de incêndios criminosos, destacando a necessidade de ações preventivas e não apenas reativas.
A situação alarmante exige uma mobilização conjunta para enfrentar a emergência climática. Dino ressaltou que a falta de medidas efetivas pode comprometer os compromissos internacionais do Brasil em relação à preservação ambiental. A audiência marcada para 13 de março de 2025 buscará discutir estratégias de prevenção e combate aos incêndios, reforçando a urgência de ações coordenadas para evitar que 2025 repita os desastres de 2024.
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