Defesa Civil explica falhas nos alertas de chuva

Em dezembro de 2024, a Defesa Civil iniciou o envio de mensagens de alerta para as regiões Sul e Sudeste do Brasil, visando informar a população sobre eventos climáticos extremos, como tempestades e deslizamentos de terra. A comunicação, que orienta as pessoas a buscarem locais seguros, ganhou destaque em janeiro de 2025, quando moradores de São Paulo receberam alertas sobre chuvas intensas em seus celulares. No entanto, nem todos os dispositivos são compatíveis com esse sistema de alerta.

Para que a tecnologia funcione, os smartphones precisam ter Android 11 ou superior, ou iOS 17 ou superior. O serviço utiliza a tecnologia Cell Broadcast, que permite o envio de mensagens de emergência para celulares em áreas específicas. Diferente do SMS, as mensagens aparecem como pop-ups na tela, sobrepondo outros conteúdos. Apesar disso, alguns usuários relataram não receber os alertas quando necessário, o que pode ser atribuído à incompatibilidade de seus dispositivos.

De acordo com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), apenas celulares lançados a partir de 2020 geralmente são compatíveis. Contudo, testes indicaram que modelos mais antigos, como o iPhone XR de 2018, também conseguiram receber os alertas. Além disso, celulares que não estão devidamente registrados ou que possuem histórico de roubo não receberão as mensagens, conforme explica Wilson Cardoso, membro do Instituto dos Engenheiros Elétricos e Eletrônicos (IEEE).

Os usuários podem verificar se a configuração de alerta está ativada em seus dispositivos. No Android, essa opção é chamada de "Alerta de Emergência sem Fio", enquanto no iPhone é conhecida como "Alerta de Governo". A responsabilidade pelo conteúdo das mensagens é dos órgãos de Defesa Civil, que emitem os alertas ao identificarem riscos de alagamentos e outros desastres naturais. As mensagens são enviadas pelas operadoras Claro, Tim, Vivo, Algar e Sercomtel, e podem incluir um sinal sonoro semelhante a uma sirene, dependendo da gravidade do alerta.