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Cientistas alertam para aceleração do derretimento global das geleiras e suas consequências

O derretimento das geleiras aumentou 36% na última década, com 273 bilhões de toneladas perdidas anualmente. A pesquisa, coordenada pelo Serviço Mundial de Monitoramento de Geleiras, revela que o nível do mar subirá mais do que o esperado. Regiões com geleiras menores enfrentam perdas rápidas, com algumas podendo desaparecer até o fim do século. O derretimento das geleiras afeta o fornecimento de água doce, especialmente na Ásia Central e Andes. A pesquisa destaca a necessidade urgente de reduzir emissões de gases de efeito estufa para mitigar impactos climáticos.

Alpes europeus perderam quase 40 por cento do seu volume de gelo desde 2000 (Foto: AFP)

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As geleiras do mundo, essenciais para a regulação climática e armazenamento de água doce, estão derretendo em um ritmo alarmante. Uma avaliação global revelou que, entre 2012 e 2023, houve um aumento de 36% na perda de gelo em comparação com a década anterior. Em média, cerca de 273 bilhões de toneladas de gelo são perdidas anualmente, o que equivale ao consumo de água da população mundial por 30 anos. Michael Zemp, professor da Universidade de Zurique e coautor do estudo publicado na revista Nature, destacou que as descobertas são "chocantes", refletindo o impacto das emissões de gases de efeito estufa.

Desde o início do século, as geleiras perderam cerca de 5% de seu volume, com variações regionais significativas: a Antártida perdeu 2%, enquanto os Alpes Europeus enfrentaram uma perda de até 40%. Zemp alertou que regiões com geleiras menores estão enfrentando derretimento mais acelerado, e muitas podem não sobreviver até o final do século. A pesquisa, coordenada pelo Serviço Mundial de Monitoramento de Geleiras (WGMS) e outras instituições, buscou criar uma "estimativa de referência" para monitorar a perda de gelo.

As observações indicam que o derretimento das geleiras neste século será mais rápido do que o previsto na última avaliação do IPCC. Isso sugere um aumento do nível do mar maior do que o esperado, afetando o fornecimento de água doce, especialmente na Ásia Central e nos Andes. As geleiras são o segundo maior contribuinte para o aumento do nível do mar, com quase dois centímetros de aumento desde 2000, colocando mais de quatro milhões de pessoas em áreas costeiras em risco de inundações.

A pesquisa também levanta preocupações sobre as vastas camadas de gelo da Antártida e da Groenlândia. Martin Siegert, professor da Universidade de Exeter, observou que as camadas de gelo estão perdendo massa a taxas seis vezes maiores do que há trinta anos. O monitoramento das 275.000 geleiras do mundo, agora facilitado por tecnologias de satélite, é crucial para entender as mudanças climáticas. Zemp enfatizou que a redução das emissões de gases de efeito estufa é fundamental para salvar as geleiras, afirmando que "cada décimo de grau de aquecimento que evitamos nos poupa dinheiro e vidas".

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