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Aquecimento global acima de 1,5°C pode se tornar irreversível, alerta pesquisa científica

Estudo da "Nature Climate Change" revela aumento de 1,6°C em 2024. Pesquisadores alertam que planeta pode ser permanentemente mais quente. Aumento de temperatura pode resultar em eventos climáticos extremos. Sem ações rigorosas, as próximas duas décadas podem ser mais quentes. Queima de combustíveis fósseis continua a elevar emissões de CO₂ globalmente.

Queima de combustíveis fósseis é uma das principais causas do aquecimento global. (Foto: Divulgação - Pixabay)

Queima de combustíveis fósseis é uma das principais causas do aquecimento global. (Foto: Divulgação - Pixabay)

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Pesquisadores do Centro Helmholtz para Pesquisa Ambiental, na Alemanha, publicaram um estudo na revista Nature Climate Change, revelando que a temperatura média global aumentou 1,6°C em 2024, um ano recorde em calor. Desde a década de 1980, a temperatura nunca recuou, mantendo-se ou aumentando, mesmo considerando fenômenos como o El Niño. Jakob Zscheischler, um dos autores, destacou que, ao ultrapassar certos limites de temperatura, a média de longo prazo se mantém elevada, indicando um planeta mais quente e vulnerável às mudanças climáticas.

O estudo analisou dados de estações meteorológicas globais e concluiu que a década de 1980 foi 0,6°C mais quente que o período pré-industrial. Os pesquisadores afirmam que, sem ações rigorosas de mitigação climática, o aumento de temperatura observado em 2024 pode ser um indicativo de que as próximas duas décadas serão ainda mais quentes. Zscheischler enfatizou que, uma vez ultrapassado o limite de 1,5°C, não há retorno à média anterior.

Além disso, uma pesquisa canadense publicada na mesma edição da revista chegou a resultados semelhantes, reforçando a gravidade da situação. O aumento das temperaturas pode provocar ondas de calor, secas e enchentes, mesmo em regiões com climas mais amenos. Contudo, os autores do estudo alertam que, se a humanidade agir rapidamente para reduzir as emissões, ainda é possível limitar o aquecimento a 1,5°C ou, no máximo, a 2°C, conforme estipulado pelo Acordo de Paris.

Apesar dos alertas, as emissões globais de dióxido de carbono continuam a crescer, aumentando cerca de 50% desde 1990. Os cientistas reiteram que a queima de combustíveis fósseis é a principal responsável por essa elevação, e a falta de ação efetiva pode levar a consequências devastadoras, como um Ártico irreconhecível até 2100.

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