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Filhotes de urso-polar emergem da toca pela primeira vez em registro inédito

Filhotes de urso polar emergem de tocas após meses, revelando novos padrões. Monitoramento ocorre em Svalbard, Noruega, por uma década, com dados recentes. Aquecimento do Ártico pode forçar saídas precoces, afetando a sobrevivência. Tocas instáveis comprometem desenvolvimento, impactando taxa de sobrevivência. Mudanças no comportamento reprodutivo indicam adaptações às novas condições.

Foto:Reprodução

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Filhotes de urso-polar foram registrados deixando suas tocas pela primeira vez após meses sob o gelo, em imagens captadas por câmeras remotas no arquipélago de Svalbard, na Noruega. O estudo, realizado pelo Instituto Polar Norueguês em parceria com a Polar Bears International, monitora a espécie há dez anos. As filmagens, coletadas entre 2016 e 2020 e retomadas em 2023, focam em 13 tocas para entender os padrões de saída dos filhotes e possíveis mudanças comportamentais.

Os registros mostram uma mãe ursa emergindo da toca, seguida de filhotes que ainda têm dificuldades para caminhar no terreno gelado. As famílias costumam permanecer na área do abrigo por cerca de 12 dias, período em que os filhotes fortalecem a musculatura antes de se aventurarem no gelo marinho. No entanto, esse tempo varia: algumas mães deixam a toca em menos de 48 horas, enquanto outras podem ficar até um mês.

Os filhotes nascem cegos e sem pelos, pesando cerca de 600 gramas. Durante os primeiros meses, vivem na toca, protegidos do frio extremo e alimentando-se de leite materno. Ao emergirem, pesam entre 10 e 12 quilos, mas ainda dependem da mãe. A toca é crucial, pois protege contra temperaturas que podem chegar a -30°C e oferece um ambiente seguro para o desenvolvimento dos filhotes.

O estudo indica que algumas famílias estão saindo das tocas mais cedo do que o habitual, possivelmente devido ao aquecimento acelerado do Ártico, que ocorre quatro vezes mais rápido que a média global. Isso pode afetar a qualidade da neve usada para construir os abrigos, forçando as mães a saírem antes do tempo ideal, o que compromete o desenvolvimento dos filhotes. Além disso, o deslocamento de fêmeas para outras tocas sugere que mudanças ambientais estão interferindo no ciclo reprodutivo da espécie, o que pode impactar as taxas de sobrevivência dos filhotes no primeiro ano de vida.

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