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Bancos reavaliam metas climáticas e geram preocupação no setor financeiro

O Morgan Stanley revisou suas metas climáticas, surpreendendo a NZBA. Wells Fargo e JPMorgan Chase saíram da NZBA, refletindo mudanças no setor. A NZBA considera abandonar a meta de 1,5°C, diante de novas realidades climáticas. Especialistas alertam que metas corporativas devem permanecer ambiciosas, apesar da viabilidade. O setor de energia limpa enfrenta desafios, com investimentos em queda e incertezas políticas.

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A recente decisão do Morgan Stanley de revisar suas metas climáticas surpreendeu os membros da Net-Zero Banking Alliance (NZBA), que discutiram se a instituição poderia se desviar do compromisso de alinhar seus portfólios com a meta de limitar o aquecimento global a 1,5°C. O banco, que agora busca uma faixa de resultados de temperatura com um limite inferior de 1,7°C, não é o único a adotar essa abordagem, já que o Goldman Sachs segue um caminho semelhante. Essa mudança é vista como uma admissão de que as metas climáticas do setor financeiro podem ser inatingíveis, especialmente com um cético do aquecimento global na presidência dos EUA.

A NZBA reafirmou que seu foco permanece na transição para uma economia de emissões líquidas zero, apesar das recentes saídas de grandes bancos, como Wells Fargo e JPMorgan Chase. O acordo climático de Paris de 2015 estabeleceu 1,5°C como uma meta ambiciosa, mas cientistas alertam que o mundo pode já ter ultrapassado esse limite. A viabilidade de alinhar-se a essa meta está sendo reavaliada, impulsionada por fatores políticos e científicos.

O diretor técnico da Gold Standard Foundation, Owen Hewlett, destacou que, embora o mundo esteja em risco de ultrapassar 1,5°C, isso não diminui a importância das metas corporativas. Ele argumentou que as empresas devem manter 1,5°C como um padrão de responsabilidade, mesmo que a meta global pareça inatingível. Lisa Sachs, do Centro de Investimentos Sustentáveis da Universidade de Colúmbia, acrescentou que as metas de emissões líquidas zero precisam ser mais rigorosas e alinhadas com as necessidades de descarbonização em setores-chave.

Por fim, Tom Gosling, da London School of Economics, alertou que investidores que se baseiam na crença de que o mundo pode atingir 1,5°C correm o risco de não atender aos interesses de seus clientes se a realidade se mover em direção a 2°C ou mais. A situação é complicada ainda mais pela estagnação do setor de energia limpa, com o fundador da Kanou Capital afirmando que atualmente não há ganhos financeiros em investir em energia renovável, refletindo um cenário desafiador para o futuro das metas climáticas.

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