Verão de 2024/2025 no Brasil tem ondas de calor e chuvas intensas em diversas regiões

O verão de 2024/2025 no Brasil foi caracterizado por temperaturas elevadas e chuvas intensas em várias regiões. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) registrou a sexta maior média térmica desde 1961, com um aumento de 0,34°C em relação à média histórica de 1991 a 2020. O Rio Grande do Sul enfrentou três ondas de calor severas entre janeiro e março de 2025, mesmo com a presença do fenômeno La Niña, que geralmente reduz as temperaturas.

Enquanto o Sul e Sudeste do Brasil sofreram com o calor, o Norte experimentou volumes recordes de chuva, com estados como Amazonas e Pará registrando acumulados superiores a 700 mm. A Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) foi um fator crucial para esse aumento nas precipitações. O Centro-Oeste e Sudeste, por sua vez, enfrentaram precipitações abaixo do esperado, aumentando o risco de estiagem.

Um relatório da Organização Meteorológica Mundial (OMM) destacou que um terço dos eventos climáticos "sem precedentes" na América do Sul em 2024 ocorreu no Brasil. Entre os eventos extremos, destacam-se a tragédia no Rio Grande do Sul, que afetou 1,4 milhão de pessoas, e a seca que atingiu o Centro e o Norte do país. O documento também apontou que 2023 foi o ano mais quente desde o início das medições, com temperaturas 1,5 °C acima da era pré-industrial.

Esses dados refletem a crescente preocupação com as emissões de gases de efeito estufa, que têm acelerado o aumento das temperaturas globais e alterado os padrões climáticos no Brasil. O Inmet observa que, mesmo com a influência do La Niña, o verão de 2024/2025 se posicionou entre os dez mais quentes da série histórica, evidenciando a tendência de aumento das temperaturas desde a década de 1990.