Inundações em Kinshasa deixam 33 mortos e afetam metade da capital da República Democrática do Congo

Chuvas torrenciais em Kinshasa, capital da República Democrática do Congo, resultaram em pelo menos 33 mortes e severas inundações, afetando metade dos 26 distritos da cidade. Os residentes tentam escapar das águas, utilizando canoas improvisadas. A cidade, com 17 milhões de habitantes, enfrenta um aumento histórico no nível do rio Congo, que atingiu sua maior marca em sessenta anos.

As inundações devastaram áreas, especialmente nos subúrbios e em bairros mais pobres. O morador Christophe Bola relatou que "a água chegou a 1,5 metros de altura", deixando muitos presos em suas casas. A prefeitura informou que equipes de busca e resgate foram mobilizadas, mas a população expressa frustração com a lentidão da resposta das autoridades.

Além das perdas humanas, as inundações causaram escassez de água potável, pois as bombas de tratamento da cidade foram submersas. Estradas principais, incluindo a que liga o centro à área do aeroporto internacional, estão intransitáveis. O vice-presidente, Jacquemain Shabani, destacou que o rio N'djili transbordou, aprisionando moradores em áreas afetadas.

A crise de saneamento em Kinshasa agrava a situação, com muitos rios poluídos e manutenção inadequada de esgoto. O governo havia anunciado planos para enfrentar esses problemas, mas os efeitos das chuvas intensas continuam a impactar a cidade, com novas precipitações previstas para as regiões norte e nordeste do país nos próximos dias.