11 de abr 2025
COP30 prioriza adaptação climática em meio a desafios extremos enfrentados pelas cidades
COP30 prioriza adaptação climática, destacando a urgência de infraestruturas resilientes e apoio a pequenos produtores em meio a eventos extremos.
Painel: iniciativa dos jornais O GLOBO e Valor, e da rádio CBN, evento na semana passada em Belém reuniu especialistas e autoridades, como o governador do Pará, Helder Barbalho (com o microfone) (Foto: Zinia Baeta)
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As negociações climáticas na COP30 priorizarão a adaptação às mudanças climáticas, destacando a necessidade de infraestruturas resilientes nas cidades. Durante o seminário do projeto “COP30 Amazônia”, realizado em Belém, a diretora-executiva da COP30, Ana Toni, enfatizou que a adaptação se tornará um tema central, especialmente diante da intensificação de eventos climáticos extremos, como enchentes e secas. O prefeito de Belém, Igor Normando, também abordou a importância de apoios internacionais para pequenos produtores, que enfrentam os impactos das mudanças climáticas.
Ana Toni lembrou que 2024 foi o primeiro ano em que a temperatura média global superou em 1,5º C os níveis pré-industriais, um limite estabelecido pelo Acordo de Paris. Ela destacou que, embora a mitigação das emissões de gases de efeito estufa seja crucial, a adaptação será um dos principais focos da conferência. O Brasil está desenvolvendo seu Plano de Adaptação Nacional (NAP) e lançou a plataforma AdaptaCidades para enfrentar esses desafios.
Mercedes Bustamante, especialista em mudanças climáticas, ressaltou que prefeitos de regiões vulneráveis têm um papel fundamental na mobilização da pauta de adaptação. Ela alertou que a adaptação não será eficaz sem o combate ao desmatamento. Os custos da adaptação para países vulneráveis foram estimados em US$ 1,3 trilhão anuais, mas essa meta não foi alcançada na COP29, gerando críticas.
A diretora programática do Instituto Clima e Sociedade, Thaís Ferraz, destacou a necessidade de quantificar melhor os custos da inação em relação à adaptação. Ela citou as chuvas no Rio Grande do Sul em 2024 como exemplo de como a falta de obras resilientes pode resultar em altos custos de recuperação. A pesquisadora Ima Vieira, do Museu Paraense Emílio Goeldi, defendeu que o cumprimento da legislação existente, como o Código Florestal, poderia ajudar a atingir as metas de restauração ambiental.
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