La Niña chega ao fim e clima neutro deve impactar padrões de chuvas no Brasil

O fenômeno La Niña, que teve início em dezembro de 2024, chegou ao fim, segundo a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA). O resfriamento das águas do Oceano Pacífico Equatorial, que caracterizou o fenômeno, foi considerado fraco e de curta duração, encerrando se entre março e abril de 2025. A NOAA confirmou que as temperaturas do mar na região central do Pacífico retornaram a um estado de neutralidade climática, o que deve impactar os padrões de chuvas no Brasil. Durante a fase de La Niña, o Brasil experimentou um aumento das chuvas no Norte e Nordeste, enquanto o Centro Sul enfrentou um clima mais seco. Com o fim do fenômeno, espera se que essa dinâmica mude, resultando em um clima mais instável e irregular, especialmente no Sul, onde períodos de chuva e seca podem se alternar com mais frequência. O Norte e o Nordeste devem observar uma leve diminuição nas chuvas nos próximos meses. Para o segundo semestre de 2025, as previsões indicam uma incerteza, com 38% de chance de retorno do La Niña e menos de 20% de probabilidade de um novo El Niño. Especialistas alertam que as mudanças climáticas induzidas pelo homem têm sido as principais responsáveis pela alteração dos padrões climáticos, com recordes de temperatura sendo quebrados continuamente. A transição para um estado neutro no Oceano Pacífico pode trazer desafios adicionais, já que a influência de fenômenos como La Niña e El Niño se torna menos previsível. A expectativa é que as condições neutras persistam até o verão no Hemisfério Norte, mas a possibilidade de um novo La Niña no final de 2025 não pode ser descartada. **Linha fina:** O fim da La Niña traz incertezas climáticas ao Brasil; mudanças nas chuvas podem impactar diversas regiões até 2025.