24 de abr 2025
Porto Alegre enfrenta riscos de inundações após tragédia climática em 2024
Porto Alegre enfrenta riscos crescentes de inundações, com a recuperação após o dilúvio de 2024 ainda paralisada pela burocracia.
Rendimentos. Enquanto a população espera por soluções, o governador aplica os recursos, que engordam 70 milhões de reais por mês. Será pela austeridade? (Foto: Redes Sociais/GOVRS e Maurício Tonetto/GOVRS)
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A Universidade Tecnológica de Nanyang alertou que Porto Alegre pode ser parcialmente submersa até 2100 devido à elevação do nível do mar. Em 2024, um dilúvio devastou o Rio Grande do Sul, resultando em 183 mortes e 27 desaparecidos. Um ano após a tragédia, a recuperação é lenta e marcada por falta de ações efetivas contra inundações.
O dilúvio começou em 27 de abril e durou mais de dez dias, afetando mais de 470 cidades e deixando 2,7 milhões de gaúchos impactados. O engenheiro Vicente Rauber, especialista em Planejamento Energético e Ambiental, afirma que poucas medidas foram tomadas desde então. Ele destaca que, se um evento semelhante ocorresse hoje, as consequências seriam as mesmas.
Em um manifesto assinado por Rauber e outros 47 engenheiros, foram sugeridas ações urgentes para melhorar o sistema de proteção contra inundações. Rauber relembra que, desde 2020, a prefeitura não realizou manutenções nas comportas da cidade, muitas das quais estavam inoperantes. Além disso, a decisão de fechar oito das quatorze comportas foi feita sem critério técnico.
O governo federal disponibilizou mais de R$ 110 bilhões para a recuperação do estado, com 80% desse montante repassado a municípios. Entretanto, a burocracia tem atrasado a execução das obras. O Fundo do Plano Rio Grande (Funrigs) foi criado para gerenciar os recursos, mas 97% deles vêm da suspensão do pagamento da dívida com a União.
O governador Eduardo Leite (PSDB) não demonstrou urgência na aplicação de R$ 6,5 bilhões destinados a obras de drenagem. Esses recursos permanecem parados na Caixa Econômica Federal, enquanto o governo estadual optou por alocá-los em fundos de investimento. A Secretaria da Reconstrução Gaúcha afirmou que os sistemas de proteção são "obras complexas" e estão sendo ajustados à nova realidade climática.
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