27 de abr 2025
Rio Grande do Sul enfrenta desafios na recuperação após enchentes devastadoras de 2024
Um ano após as enchentes devastadoras no Rio Grande do Sul, a recuperação é lenta e medidas preventivas ainda são urgentes.
Rafa Neddermeyer (Foto: Reprodução)
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Um ano após as enchentes devastadoras que atingiram o Rio Grande do Sul entre abril e maio de 2024, o estado ainda enfrenta desafios significativos na recuperação. As chuvas anormais resultaram na destruição de mais de 100 mil casas e deixaram 81 mil pessoas desabrigadas. O município de Eldorado do Sul foi um dos mais afetados.
A recuperação é lenta, com famílias como a de Carla Martins, que ainda lidam com as consequências emocionais e físicas da tragédia. Carla, ex-professora, relatou que, após a enchente, desenvolveu ansiedade e problemas físicos devido ao esforço de limpar sua casa. Ela e seu marido se mudaram duas vezes desde então, buscando um lar mais seguro, longe do rio.
O governo gaúcho planeja ações de reconstrução, mas especialistas alertam para a necessidade de medidas preventivas. A Secretaria da Reconstrução Gaúcha informou que quase 400 pessoas ainda estão sem abrigo. As obras de infraestrutura, como a recuperação de 13 mil quilômetros de estradas, estão em andamento, mas a população continua vulnerável a novos desastres.
José Marengo, coordenador do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais, enfatizou que a região tem enfrentado episódios climáticos extremos. Ele destacou a importância de investir em soluções baseadas na natureza para mitigar os impactos das chuvas. A falta de planejamento e a desarticulação entre os governos têm contribuído para a fragilidade da infraestrutura.
Enquanto isso, ações como a dragagem de rios são criticadas por não atacarem as causas reais dos alagamentos. Especialistas afirmam que a expansão desregrada das cidades e o desmatamento aumentam a vulnerabilidade da população. A falta de envolvimento dos comitês de bacia na elaboração de políticas públicas também é um ponto de preocupação.
A Secretaria da Reconstrução Gaúcha afirmou que está trabalhando para tornar o estado uma referência em resiliência, mas ainda não apresentou um cronograma claro para as ações necessárias. A situação permanece crítica, e a população aguarda soluções efetivas para evitar novas tragédias climáticas.
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