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Estudo revela causas da tragédia das chuvas em Valencia e falhas na prevenção

Estudo aponta que a riada de outubro de 2024 em Valencia foi subestimada por falta de monitoramento em barrancos afluentes.

Estado atual do barranco do Poyo a seu passo por Chiva (Foto: Mònica Torres)

Estado atual do barranco do Poyo a seu passo por Chiva (Foto: Mònica Torres)

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Um estudo realizado por especialistas da Universidade de Valência, da Agência Estatal de Meteorologia (Aemet) e da Associação Valenciana de Meteorologia (Avamet) revelou que a riada devastadora na Rambla del Poyo, ocorrida em 29 de outubro de 2024, foi responsável por pelo menos 225 mortes. A pesquisa aponta que a primeira onda da enchente foi provocada por chuvas em barrancos afluentes, não detectadas pelo caudalímetro.

Os pesquisadores estimam que o caudal da riada pode ter triplicado os 2.283 metros cúbicos por segundo registrados antes do colapso. A análise indica que a precipitação nas cabeceiras dos barrancos de Horteta e Gallego, que desaguam no Poyo, foi a principal causa da primeira onda, que não foi monitorada adequadamente.

A falta de vigilância das autoridades no momento crítico é uma das principais críticas do estudo. Os bombeiros e agentes florestais da Generalitat Valenciana foram retirados da área por volta das 15h, após o caudal ter diminuído. Um bombeiro experiente afirmou que, se tivessem permanecido, poderiam ter detectado o aumento do caudal que ocorreu logo após a retirada.

Análise das Precipitações

Os especialistas elaboraram três hipóteses sobre a distribuição das chuvas. A primeira sugere que os volumes de precipitação entre 16h e 19h na parte da bacia abaixo do caudalímetro foram maiores do que os registrados na área monitorada. A segunda hipótese indica que as chuvas nos barrancos de Horteta e Gallego começaram antes das que ocorreram na cabeceira do Poyo. Por fim, a terceira hipótese aponta que os picos de precipitação na parte aforada ocorreram em dois momentos, às 18h e 20h.

A investigação judicial sobre a tragédia já coletou diversos relatórios de órgãos estaduais e federais, revelando que as autoridades tinham informações suficientes para agir, mas não o fizeram. A juíza responsável pelo caso classificou a situação como “inatividade com resultado mortal”. O governo valenciano, por sua vez, defende que a tragédia não poderia ser evitada devido à falta de informações da Confederación Hidrográfica del Júcar, que só foram recebidas às 18h45.

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