André Corrêa do Lago, presidente da COP30, que acontecerá em novembro no Brasil, divulgou uma carta pedindo novas formas de combater as mudanças climáticas e criticando métodos antigos, sem mencionar diretamente os combustíveis fósseis. Ele espera que a conferência seja um “ponto de inflexão” na luta contra o aquecimento global, reunindo governos, empresas e comunidades para mudar a relação da humanidade com o planeta. A carta também destaca a importância de incluir as comunidades afrodescendentes no debate climático, um ponto que não foi abordado na primeira carta. A COP30 terá como foco rever as metas do Acordo de Paris, especialmente após o aumento da temperatura global. O evento também busca desbloquear o financiamento climático, que é um grande desafio. A nova carta apresenta um sistema para que iniciativas de combate ao aquecimento global sejam registradas e avaliadas, permitindo que diferentes grupos, além dos governos, participem ativamente. Corrêa do Lago enfatiza que é necessário repensar as estratégias atuais para enfrentar as crises climáticas, já que as abordagens anteriores não têm sido suficientes.
O presidente da COP30, André Corrêa do Lago, divulgou uma nova carta nesta quinta-feira (8), propondo novos mecanismos de combate às mudanças climáticas. A conferência, marcada para novembro em Belém, busca revisar as metas do Acordo de Paris e enfrentar desafios climáticos globais.
Na carta, Corrêa do Lago enfatiza a necessidade de um “ponto de inflexão” na luta contra as mudanças climáticas, destacando a importância do alinhamento entre governos, comunidades e empresas. Ele reconhece que o desafio é imenso, especialmente com a saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris prevista para 2026. O diplomata acredita que os países devem desenvolver suas estratégias climáticas de forma autônoma.
A COP30 também se propõe a destravar o financiamento climático, com a meta de mobilizar US$ 1,3 trilhão anuais para enfrentar as mudanças climáticas. A nova carta critica estratégias ultrapassadas e não menciona explicitamente os combustíveis fósseis, embora o tema deva ser abordado em futuras comunicações.
Mecanismos de Ação
A proposta inclui um sistema de “contribuições autodeterminadas”, permitindo que iniciativas do setor privado e da sociedade civil sejam registradas e avaliadas. O objetivo é inspirar novas ações e integrar diferentes atores na luta climática. Ana Toni, diretora-executiva da COP30, ressalta que a qualidade das propostas evoluiu, com países desenvolvendo planos setoriais.
Corrêa do Lago também critica a “Síndrome da Guerra Passada”, que se refere à utilização de estratégias antigas para enfrentar novas crises climáticas. Ele defende que a implementação do Acordo de Paris deve envolver uma gama mais ampla de participantes, além dos governos, para que as ações climáticas sejam efetivas.
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