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Deslizamentos e rios rasos aumentam vulnerabilidade do Rio Grande do Sul às chuvas

Deslizamentos de terra no Rio Grande do Sul resultam em 67 mortes e evidenciam a urgência de ações para recuperação e prevenção de novos desastres.

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Enchentes e Deslizamentos no Rio Grande do Sul: Um Ano de Consequências

Em 2024, o Rio Grande do Sul ainda enfrenta os efeitos devastadores da enchente de 2023, que afetou 478 municípios e prejudicou 2,4 milhões de pessoas. Novos deslizamentos de terra foram registrados, totalizando 15.087 ocorrências e resultando em 67 mortes. A recuperação das áreas afetadas é lenta e preocupante.

As grandes cidades têm recebido atenção na recuperação, mas as áreas rurais e municípios menores enfrentam desafios significativos. Fendas abertas nos morros e rios mais rasos, devido ao acúmulo de sedimentos, aumentam a vulnerabilidade do estado a novas inundações. O geógrafo Harideva Egas, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais, alerta que as áreas afetadas permanecem suscetíveis até que a vegetação se restabeleça.

Um mapeamento realizado com imagens de satélite identificou que os deslizamentos se concentraram na bacia hidrográfica do Guaíba, afetando 130 municípios. As cicatrizes deixadas pelos deslizamentos são visíveis, com algumas chegando a 2 km de comprimento. Egas destaca que as chuvas intensas provocaram enxurradas violentas, cobrindo cidades como Roca Sales com lama.

Impactos Ambientais e Sociais

Os deslizamentos também impactaram os rios da região, com 35% do volume de sedimentos atingindo os cursos d'água. Estima-se que cerca de 10 milhões de toneladas de sedimentos foram movimentadas, comprometendo a navegação e aumentando a necessidade de dragagens. O prefeito de Sapucaia do Sul, Volmir Rodrigues, ressaltou a falta de recursos financeiros para realizar essas intervenções.

Em resposta, o governo gaúcho anunciou um investimento de R$ 730 milhões para a dragagem de hidrovias, parte de um programa de recuperação ambiental. No entanto, especialistas alertam que essas medidas podem ser insuficientes diante da previsão de chuvas intensas, que devem se tornar cinco vezes mais frequentes nas próximas décadas.

A recuperação da vegetação nativa é crucial para mitigar os efeitos das enchentes. Projetos de restauração florestal estão em andamento, visando recuperar 10 mil hectares de áreas afetadas. O engenheiro florestal Masato Kobiyama enfatiza a importância de evitar a ocupação de margens de rios, que são áreas de risco em caso de chuvas fortes.

A situação no Rio Grande do Sul continua a exigir atenção e ações efetivas para prevenir novos desastres e garantir a segurança da população.

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