Rio Grande do Sul registra 6,5 mil desalojados com rios em cota de inundação

O Rio Grande do Sul enfrenta uma grave crise devido a tempestades que resultaram em alagamentos em 107 municípios. Até o momento, 6.535 pessoas estão desabrigadas ou desalojadas, com três mortes confirmadas e uma pessoa desaparecida. A situação levou à declaração de emergência em dez cidades.

O Hospital Paraíso, em Paraíso do Sul, ficou sem energia e água, complicando o atendimento à população. A Prefeitura de Porto Alegre iniciou o fechamento de comportas como medida preventiva, utilizando sacos de areia para reforçar a proteção contra cheias. O diretor-presidente do Departamento de Água e Esgotos (Dmae), Bruno Vanuzzi, afirmou que a operação visa garantir mais segurança aos moradores durante a temporada de chuvas.

Atualmente, sete rios do estado estão na cota de inundação, com destaque para o rio Ibicuí, que apresenta tendência de elevação. Os demais, como Ibirapuitã, Jacuí e Taquari, estão em estabilização ou declínio. As forças de segurança já realizaram o resgate de 697 pessoas e 134 animais afetados pelas chuvas.

Entre as vítimas, destaca-se Mauro Perfeito da Silva, de 72 anos, que faleceu após uma árvore atingir seu carro. Outra vítima, Geneci da Rosa, de 54 anos, morreu ao tentar atravessar uma área alagada. As buscas por um idoso de 65 anos, que estava com ela, continuam. Em Nova Petrópolis, um jovem de 22 anos também foi encontrado sem vida dentro de um veículo.

A Defesa Civil continua monitorando a situação e prestando assistência às comunidades afetadas. As previsões meteorológicas indicam que as chuvas devem persistir, aumentando os riscos de novos deslizamentos e alagamentos.