08 de jul 2025
Tempestades devastadoras no Texas deixam dezenas de mortos e desaparecidos
Inundações no condado de Kerr resultam em mais de 100 mortes e centenas de desaparecidos, levantando críticas sobre a falta de alertas eficazes.

Casas e ruas ficaram alagadas após fortes chuvas elevarem o nível do rio Guadalupe, em San Angelo (Texas) (Foto: Patrick Keely/Reuters)
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O condado de Kerr, no Texas, enfrenta uma tragédia sem precedentes após chuvas torrenciais que resultaram em mais de 100 mortes e centenas de desaparecidos. As inundações, que começaram na madrugada de sexta-feira, foram exacerbadas pela geografia da região, conhecida por seu terreno propenso a alagamentos.
Na última sexta-feira, o Serviço Nacional do Clima havia emitido alertas de inundação, mas as chuvas superaram as expectativas, com registros de até 18 centímetros em menos de duas horas. O rio Guadalupe transbordou rapidamente, passando de 2,13 metros para mais de 9 metros em apenas quatro horas, arrastando vilarejos e acampamentos de verão.
Críticas às Previsões
Críticas surgiram em relação à eficácia das previsões meteorológicas e à falta de um sistema de alerta local. O juiz do condado, Rob Kelly, reconheceu que um sistema de monitoramento de níveis de água foi considerado, mas não implementado devido a questões financeiras. Moradores agora iniciam uma campanha para instalar essa tecnologia.
Meteorologistas defendem que as informações foram fornecidas com antecedência e detalhamento. Alan Gerard, ex-diretor do Laboratório Nacional de Tempestades Severas, destacou que a gravidade do evento foi agravada pelo horário, já que muitos estavam dormindo e não tomaram medidas de proteção.
Consequências e Resposta
O governador do Texas, Greg Abbott, confirmou o aumento no número de desaparecidos, que subiu para mais de 160. Muitas vítimas estavam na região para o feriado e não estavam registradas em hotéis ou acampamentos. O presidente Donald Trump descreveu a situação como uma "catástrofe que ocorre uma vez em 100 anos", evitando atribuir culpas.
A escassez de pessoal nas agências meteorológicas, resultado de cortes durante a administração Trump, levanta preocupações sobre a capacidade de previsão. Especialistas alertam que eventos climáticos extremos estão se tornando mais frequentes e difíceis de prever, especialmente em um cenário de aquecimento global. As autoridades locais continuam a buscar as vítimas e a esclarecer as falhas que levaram a essa tragédia.



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