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Fungo recém-descoberto transforma aranhas de cavernas em ‘zumbis’ para se reproduzir

Cientistas identificaram o fungo Gibellula attenboroughii, que manipula aranhas. O fungo leva aranhas a se expor antes da morte, facilitando a dispersão de esporas. A descoberta abre novas oportunidades de pesquisa sobre fungos controladores de comportamento. O estudo revela a diversidade de fungos ainda não documentados, estimando apenas 5% conhecidos. Pesquisas futuras podem ter aplicações em proteção de culturas e medicina humana.

Foto: Reprodução

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Cientistas na Europa descobriram uma nova espécie de fungo, chamada Gibellula attenboroughii, que transforma aranhas em "zumbis". O fungo atrai as aranhas para fora de suas teias, levando-as à morte, e utiliza seus corpos para espalhar esporos. A pesquisa, publicada em 24 de janeiro na revista Fungal Systematics and Evolution, revela que essa espécie age de forma semelhante ao fungo que afeta formigas, manipulando seu comportamento para facilitar a dispersão do fungo.

Até agora, o G. attenboroughii foi observado infectando as aranhas Metellina merianae e Meta menardi, ambas tecelãs de teias que habitam cavernas na Europa. A descoberta ocorreu em 2021, quando uma equipe de filmagem notou que uma aranha se posicionou de maneira exposta antes de morrer, sugerindo uma alteração comportamental induzida pelo fungo. Os pesquisadores também notaram que a maioria das aranhas tecedeiras prefere permanecer em suas teias, o que torna a manipulação do comportamento pelo fungo ainda mais intrigante.

Os cientistas ainda não compreendem completamente como o fungo afeta o cérebro das aranhas, mas acreditam que ele as atrai para áreas expostas, onde a circulação de ar ajuda na dispersão dos esporos. O coautor do estudo, Dr. João Araújo, afirmou que, embora existam preocupações sobre o impacto ecológico, não há motivos para alarme em relação às aranhas afetadas, pois os fungos coexistem com esses organismos há milhões de anos.

A descoberta ressalta a diversidade de fungos ainda não catalogados, com estimativas indicando que apenas cerca de 5% das espécies de fungos foram formalmente documentadas. O estudo também sugere que esses fungos podem ter aplicações futuras em proteção de culturas e medicina, especialmente em relação a doenças neurodegenerativas. Araújo mencionou que a pesquisa sobre esses fungos pode levar a avanços significativos, como o controle de comportamentos em organismos, o que poderia ter implicações para tratamentos de doenças como Alzheimer.

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