26 de fev 2025
Pesquisadores apontam pesca de arrasto como causa da morte de 130 arraias em SP
Na Praia de Itararé, 130 arraias ticonha foram encontradas mortas, ameaçando a espécie. A captura acidental em redes de pesca é a principal suspeita para a mortandade. Pesquisadores da Unesp foram acionados, mas análise ainda não começou por problemas estruturais. A espécie é considerada ameaçada pela IUCN e ICMBio, com captura proibida. A preservação das arraias é crucial para o equilíbrio do ecossistema marinho local.
Mais de 100 raias foram encontradas mortas nesta terça-feira (25) nas praias do Itararé e Ilha Porchat, em São Vicente, no litoral de São Paulo. (Foto: Divulgação)
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Pelo menos 130 arraias ticonha (Rhinoptera bonasus e Rhinoptera brasiliensis), uma espécie ameaçada de extinção, foram encontradas mortas na Praia de Itararé, em São Vicente, litoral de São Paulo, na manhã desta terça-feira, 25. Os animais estavam espalhados ao longo da praia, desde a Ilha Porchat até a Pedra da Feiticeira. A principal hipótese para a mortandade é que tenham sido capturadas em redes de pesca e descartadas, uma vez que não possuem valor comercial.
Professores e estudantes da Universidade Estadual Paulista (Unesp) foram chamados para remover os animais e levá-los ao Instituto de Biociências, onde passarão por análises. O pesquisador Otto Bismarck Fazzano Gadig afirmou que a morte das arraias está relacionada ao choque da captura acidental, um problema recorrente nesta época do ano, quando os animais se deslocam pela costa para reprodução ou alimentação.
Bismarck explicou que as arraias frequentemente ficam presas em redes de arrasto, que capturam esses animais de forma não intencional. Ele ressaltou que, embora os pescadores não tenham a intenção de capturá-las, isso ocorre acidentalmente. A espécie está classificada como ameaçada de extinção pela IUCN e pelo ICMBio, e sua captura é proibida, o que levanta suspeitas sobre o descarte dos animais para evitar penalizações.
Os animais recolhidos serão analisados nos laboratórios da Unesp, embora a pesquisa ainda não tenha começado devido a problemas estruturais na universidade. A preservação das arraias é crucial, pois sua redução afeta o ecossistema marinho. Bismarck concluiu que manter populações equilibradas é vital para garantir a saúde da cadeia alimentar e do ambiente marinho. A reportagem do O GLOBO aguarda retorno da prefeitura de São Vicente para mais informações sobre a situação.
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