Nove curiosidades sobre Lesotho, o país que poucos conhecem

As declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre Lesoto, um país africano que ele descreveu como "ninguém nunca ouviu falar", geraram reações negativas, inclusive do governo local. Lesoto, uma pequena nação montanhosa no sul da África, é completamente cercada pela África do Sul e é conhecida como o "Reino nas Nuvens", sendo o único estado independente do mundo situado inteiramente acima de mil metros de altitude. O ponto mais baixo do país está a 1.400 metros.

O país enfrenta desafios significativos, como a escassez de terras para agricultura, o que torna sua população vulnerável a crises alimentares. Muitos habitantes dependem de empregos na África do Sul, onde milhares buscam trabalho devido à falta de oportunidades em Lesoto. A língua oficial, Sesotho, é compartilhada com a África do Sul, refletindo laços culturais entre os dois países.

Lesoto também é conhecido por suas exportações de água, considerada "ouro branco", e diamantes. Além disso, abriga a estação de esqui mais alta da África subsaariana, a Afriski, localizada a 3.222 metros acima do nível do mar. Os basotho, como são chamados os habitantes, são reconhecidos por seus cobertores de lã e chapéus tradicionais, que têm grande significado cultural.

O país enfrenta uma grave epidemia de HIV, com uma em cada cinco pessoas adultas vivendo com o vírus. Desde 2006, o governo dos EUA investiu quase US$ 1 bilhão em iniciativas de prevenção e tratamento. Lesoto também é um dos maiores exportadores de vestuário para os EUA, beneficiando-se do programa African Growth and Opportunity Act (Agoa). No entanto, o país também registra a mais alta taxa de suicídio do mundo, com 87,5 por 100 mil habitantes, um problema complexo ligado ao uso de drogas, falta de empregos e escassez de serviços de saúde mental.