Turista americano invade a Ilha Sentinela do Norte e gera alerta sobre tribo isolada

A Ilha Sentinela do Norte, localizada no Oceano Índico, abriga uma tribo isolada que se recusa a ter contato com forasteiros. Desde mil novecentos e cinquenta e seis, a entrada na ilha é proibida para proteger os habitantes de doenças externas. Recentemente, um turista americano, Mykhailo Viktorovych Polyakov, desembarcou na ilha sem autorização, deixando objetos e registrando sua visita, o que gerou preocupações sobre a segurança da tribo.

Polyakov, de vinte e quatro anos, foi detido por autoridades locais após sua visita em trinta e um de março. Antropólogos e ativistas de direitos indígenas expressaram preocupação com a crescente ameaça representada por influenciadores e curiosos que tentam se aproximar da tribo. A Survival International, uma organização de direitos indígenas, classificou a ação do turista como "profundamente perturbadora" e alertou sobre os riscos que essas visitas representam tanto para os visitantes quanto para os habitantes da ilha.

Os Sentinelenses, que vivem em isolamento há cerca de sessenta mil anos, são uma das últimas tribos de caçadores-coletores do mundo. Estima-se que a população varie entre cinquenta e duzentas pessoas, e sua cultura e idioma permanecem desconhecidos. A tribo é conhecida por sua hostilidade em relação a forasteiros, tendo registrado incidentes violentos em visitas anteriores, como a morte de um missionário americano em dois mil e dezoito.

A proibição de visitas à ilha é uma medida de proteção, já que os habitantes não possuem imunidade a doenças comuns. A Guarda Costeira da Índia monitora a área para evitar aproximações indesejadas. A crescente exposição da tribo e os projetos de desenvolvimento na região levantam preocupações sobre a preservação da cultura e a segurança dos Sentinelenses.