Cadernetas de filiação a organizações nazistas estão entre o material encontrado nas caixas (Foto: Argentina Supreme Court/AP/picture alliance)

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Caixas com documentos nazistas são descobertas na Suprema Corte da Argentina após 80 anos - Caixas com documentos nazistas são descobertas na Suprema Corte da Argentina após 80 anos

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Caixas com documentos nazistas são descobertas na Suprema Corte da Argentina

Caixas contendo documentos e propaganda nazista foram encontradas no subsolo da Suprema Corte da Justiça da Argentina. O achado ocorreu durante a preparação para a criação de um museu do tribunal, na última sexta-feira, 9 de maio de 2025. O material estava armazenado desde 1941, quando chegou ao país a bordo de um navio japonês.

Os documentos incluem cartões de filiação, passaportes e material de propaganda que visavam disseminar a ideologia de Adolf Hitler na Argentina durante a Segunda Guerra Mundial. A Corte informou que as caixas foram enviadas pela embaixada alemã em Tóquio, mas foram barradas pela alfândega argentina devido à preocupação com a neutralidade do país no conflito.

A alfândega abriu as caixas e encontrou material propagandístico do regime nazista, além de milhares de cadernetas de filiação a organizações nazistas. Um juiz federal determinou o confisco dos itens, que foram encaminhados à Suprema Corte. O conteúdo das caixas permaneceu desconhecido até sua redescoberta recente.

Investigação e preservação

O Museu do Holocausto de Buenos Aires está envolvido na digitalização e catalogação do material encontrado. Jonathan Karszenbaum, diretor executivo do museu, destacou a importância do volume de documentos e a possibilidade de que muitos deles correspondam a uma lista de simpatizantes nazistas na Argentina.

A documentação pode fornecer novas informações sobre a presença do nazismo no país e suas redes de financiamento. Karszenbaum afirmou que é cedo para determinar a relevância dos documentos, mas a expectativa é que eles ajudem a esclarecer eventos pouco conhecidos do Holocausto.

A Argentina, que declarou guerra à Alemanha e ao Japão apenas em 1945, abrigou tanto imigrantes judeus quanto nazistas foragidos após a Segunda Guerra Mundial. Entre os fugitivos mais notórios estão Adolf Eichmann e Josef Mengele, que se esconderam no país após o conflito.

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