02 de jul 2025



Antigos ossos revelam novos detalhes sobre a ascensão do Egito Antigo
Estudo revela que homem do Antigo Egito tinha 20% de DNA mesopotâmico, evidenciando migrações e intercâmbios culturais significativos.

Testes no crânio podem fornecer novas percepções sobre a história antiga (Foto: Liverpool John Moores University. Nature)
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Um estudo recente revelou que 20% do DNA de um homem que viveu há 4.500 anos no Vale do Nilo provinha de ancestrais da Mesopotâmia, confirmando a existência de migrações e trocas culturais entre as civilizações egípcia e mesopotâmica. A pesquisa, publicada na revista Nature, foi realizada por cientistas do Instituto Francis Crick e da Universidade John Moores de Liverpool.
O homem, sepultado em Nuwayrat, a 265 km ao sul do Cairo, tinha cerca de 60 anos e possivelmente trabalhava como oleiro. A análise de seu esqueleto e DNA fornece a primeira evidência biológica de conexões significativas entre as duas grandes civilizações da antiguidade. Os pesquisadores acreditam que essas interações podem ter influenciado o desenvolvimento da escrita e da agricultura no Egito.
Descobertas sobre a Ancestralidade
Os dados genéticos indicam que 80% do DNA do homem está associado a grupos do norte da África, enquanto os 20% restantes têm origem na Mesopotâmia. Apesar dessa ancestralidade, a composição química de seus ossos sugere que ele cresceu no Egito. O professor Pontus Skoglund, um dos coordenadores do estudo, destacou que essa descoberta é crucial para entender os movimentos populacionais da época.
A pesquisa também sugere que a civilização egípcia se beneficiou de intercâmbios culturais e comerciais com a Mesopotâmia, o que pode ter contribuído para inovações sociais e tecnológicas. A análise do esqueleto revelou que o homem era de estatura baixa, com evidências de artrite, indicando uma vida de trabalho árduo.
Implicações Históricas
Os pesquisadores esperam que futuras análises de DNA de outros restos humanos do Antigo Egito possam expandir o conhecimento sobre a extensão e o tempo dessas migrações. O estudo não apenas ilumina a vida de um indivíduo, mas também oferece uma nova perspectiva sobre a diversidade genética e cultural do Antigo Egito, revelando um passado mais complexo do que se imaginava.
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