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Obras da COP30 em Belém descobrem importantes achados arqueológicos

Descobertas arqueológicas em Belém incluem uma embarcação do século 19 e galerias subterrâneas, revelando a rica história da região.

Trabalhador acompanha o processo de restauração do barco histórico encontrado nas obras da Nova Doca, no centro de Belém, como parte da preparação para a COP30 (Foto: Alessandro Falco/Folhapress)

Trabalhador acompanha o processo de restauração do barco histórico encontrado nas obras da Nova Doca, no centro de Belém, como parte da preparação para a COP30 (Foto: Alessandro Falco/Folhapress)

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Belém se prepara para a COP30, que ocorrerá em novembro, e as obras em andamento na cidade têm revelado importantes achados arqueológicos. Entre os itens descobertos estão uma embarcação do século 19, galerias subterrâneas e cerâmicas indígenas, que ressaltam a rica história da região.

O arqueólogo Augusto Miranda, do Iphan, destaca que a expectativa de encontrar vestígios arqueológicos era alta devido ao intenso movimento de solo nas áreas centrais e próximas ao rio. "Esses achados recontam uma história frequentemente esquecida", afirma. A descoberta mais significativa ocorreu em agosto, quando uma embarcação de ferro, possivelmente movida a vapor, foi encontrada durante a construção do parque linear na avenida Doca, no bairro do Reduto.

A embarcação, que mede 20 metros de comprimento e 8 metros de largura, foi identificada como um barco de carga, abandonado e não afundado, que ficou soterrado sob a cidade ao longo do tempo. A restauração do barco está em andamento e será exposta ao público no parque Porto Futuro 1. A conservadora Tainá Arruda explica que o processo de limpeza e preservação está sendo realizado com cuidado para garantir a integridade do material.

Descobertas Arqueológicas

Além da embarcação, foram encontradas galerias subterrâneas durante a implantação do sistema de esgoto nas proximidades do Mercado Ver-o-Peso. Essas estruturas, construídas nos séculos 18 e 19, foram projetadas para lidar com a maré alta e podem ter servido para a passagem de pessoas em momentos de conflito, como durante a Cabanagem, em 1835.

Outros achados incluem um muro de arrimo do século 18 e cerâmicas que datam de pelo menos 500 anos, utilizadas por populações indígenas e afrodescendentes. Miranda ressalta que esses artefatos são fundamentais para entender a ocupação histórica da cidade, que foi moldada por suas interações com os rios.

Futuro das Descobertas

Os artefatos encontrados nas obras da COP30 serão preservados pelo Museu do Estado do Pará. No Porto Futuro 2, um complexo que reunirá diversas atrações culturais, também foram descobertos materiais relacionados à atividade portuária, como roldanas e rodas de guindaste. A previsão é que o complexo seja inaugurado em outubro, antes do evento da ONU, e servirá como um espaço para atividades paralelas à COP30.

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