07 de jul 2025

Criaturas aterrorizantes que dominaram a Terra antes dos dinossauros são reveladas
Fósseis de gorgonopsídeos na África do Sul revelam novas evidências sobre predadores do Permiano e suas extinções antes da Grande Morte.

Muito antes do Tiranossauro Rex, a Terra era dominada por super-carnívoros estranhos e horripilantes (Foto: Emmanuel Lafont/ BBC)
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Descoberta de Fósseis Revela Novas Informações sobre Predadores do Período Permiano
Recentemente, fósseis de gorgonopsídeos, como o Inostrancevia, foram encontrados na África do Sul, trazendo novas informações sobre a evolução e extinção desses predadores antes da Grande Morte. A descoberta foi feita por Julien Benoit, professor associado da Universidade de Witwatersrand, que analisou uma caixa de fósseis não aberta há mais de 30 anos.
Durante a análise, Benoit identificou um dente pontiagudo cravado em um crânio de um gorgonopsídeo, sugerindo que duas criaturas do tamanho de lobos estavam lutando por dominância. Esses predadores ágeis viveram entre 250 e 260 milhões de anos atrás, durante o período Permiano, quando a Terra era dominada por criaturas gigantes.
O Ambiente do Período Permiano
O período Permiano, que ocorreu entre 299 e 251 milhões de anos atrás, foi marcado pela formação do supercontinente Pangeia e por condições climáticas extremas. O interior do continente era predominantemente desértico, enquanto as bordas apresentavam vegetação. Essa era foi caracterizada por uma diversidade de sinapsídeos, incluindo o Dimetrodon e o Anteossauro, que eram predadores de topo.
Os gorgonopsídeos, como o Inostrancevia, eram conhecidos por seus dentes-de-sabre e habilidades de caça. Eles se destacavam em um ecossistema onde a competição por presas era intensa. A descoberta de fósseis na bacia do Karoo, que já revelou milhares de restos do período Permiano, indica que esses predadores eram especialistas em emboscadas.
A Grande Extinção
A extinção em massa do período Permiano-Triássico, ocorrida há cerca de 251 milhões de anos, eliminou cerca de 90% das espécies da Terra. Acredita-se que a atividade vulcânica intensa, como a formação das armadilhas siberianas, tenha elevado os níveis de dióxido de carbono, resultando em um aumento drástico da temperatura global. Essa mudança climática catastrófica afetou tanto a vida terrestre quanto aquática.
Os gorgonopsídeos, que habitavam a região do Karoo, foram extintos antes do auge da Grande Morte. O Inostrancevia, que cruzou a Pangeia, preencheu o vazio deixado por esses predadores. A pesquisa atual sugere que a extinção do Permiano pode oferecer lições sobre a crise de extinção que enfrentamos hoje, destacando a importância de entender as dinâmicas ecológicas e as consequências das mudanças climáticas.
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